França põe 10.000 militares nas ruas.

Internacional - O ministro da Defesa da França, Jean-Yves Le Drian, comunicou nesta segunda-feira, dia 12 de janeiro, que cerca de 10 mil militares serão posicionados em locais estratégicos em todo o país. "O presidente pediu para que as Forças Armadas participem da segurança em pontos sensíveis no país", disse Le Drian após uma reunião de gabinete sobre a segurança nacional no Palácio do Eliseu. 

A decisão de reforçar a segurança foi tomada após os ataques terroristas que deixaram 17 mortos em Paris. Na ocasião, o presidente da França, François Hollande, pediu “vigilância” à população, ressaltando a necessidade de os franceses serem “cautelosos”.  Hollande disse que ameaças ainda não acabaram.

Jean-Yves Le Drian também afirmou que o país ainda está sob risco de novos ataques: "As ameaças continuam, e temos que nos proteger delas. Esta é uma operação interna que vai mobilizar quase o mesmo número de homens que temos em nossas operações no exterior", explicou. 

À imprensa, o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, explicou que dos 10 mil militares, 4.700 serão posicionados em escolas judaicas e locais religiosos, após um dos ataques ter tido como alvo um mercado kosher.

O presidente da França disse que o país deve rejeitar o racismo e o antissemitismo. Para ele, os responsáveis pelo atentado são “fanáticos” e “não têm nada a ver” com a religião muçulmana.

Investigação 


Em entrevista a uma rede de televisão, o primeiro-ministro Manuel Valls disse que os investigadores continuam buscando informações sobre como o ataque à sede do semanário Charlie Hebdo foi planejado e se os perpetradores teriam sido apoiados por uma rede de terrorismo. Ele também defendeu o isolamento dos radicais islâmicos nas prisões e ressaltou a importância de evitar que não haja excessos por parte dos legisladores, "estando cientes dos procedimentos excepcionais, mesmo após a violência que também foi excepcional em sua barbárie e requer uma resposta excepcional". 

Conforme informou o "Deutsche Welle", depois de uma reunião com ministros do Interior de diversos países no domingo, Cazeneuve anunciou que os participantes concordaram em aumentar a cooperação internacional para evitar novos ataques. Ele defendeu a criação de um banco de dados europeu com os nomes de passageiros de voos e afirmou que a Europa deve combater melhor, também na internet, a propagação de discursos de ódio.
   
Momento Verdadeiro | Com Agências.

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