Brasileiro executado na Indonésia morreu com um único tiro, diz jornal.
Ainda segundo a Procuradoria do país, responsável pelas execuções dos prisioneiros, o brasileiro foi o segundo dos seis prisioneiros a ser executado. Archer foi amarrado a uma estaca de madeira e fuzilado à 0h30 (15h30 do último sábado, no horário de Brasília). Um médico confirmou a morte dez minutos depois.
Ainda segundo a Folha, a vice-cônsul da Embaixada do Brasil na Indonésia, Ana Coimbra, estava na ilha de Nusakambangan no momento da execução, mas não a acompanhou. Ela ouviu um único tiro no momento em que Archer foi morto e fez o reconhecimento do corpo do brasileiro.
Dilma se diz consternada e indignada com a execução de Marcos Archer.
A tia materna de Archer, Maria de Lourdes Archer Pinto, está no país e providenciou a cremação do corpo do sobrinho. As cinzas devem ser trazidas para o Brasil ainda esta semana. Marcos Archer foi preso em 2004 após tentar entrar na Indonésia com 13 quilos de cocaína escondidos nos tubos de uma asa delta. A droga foi descoberta pelo raio-x do Aeroporto Internacional de Jacarta. Na ocasião, ele conseguiu fugir, mas foi capturado duas semanas depois. Ele, então, foi julgado e sentenciado à morte. As leis da Indonésia contra crimes relacionados a drogas estão entre as mais rígidas do mundo.
Maria do Rosário, ex-ministra dos Direitos Humanos e deputada federal pelo PT, criticou, neste domingo, 18, as notícias sobre o destino das cinzas de Marco Archer Cardoso Moreira, executado no sábado (17) na Indonésia após ser condenado por tráfico de droga. Ela explicou, porém, ser contra a aplicação da pena de morte. Em sua conta no Twitter, ela escreveu: "Fui contra execução. Sou contra pena de morte. Mas q interesse há p onde as cinzas serão levadas no Br?O sujeito ñ era herói, era traficante."