Asteroide passa perto da Terra nesta segunda.

Um asteroide com cerca 500 metros de diâmetro vai passar relativamente perto da Terra na noite desta segunda-feira (26), mas será inofensivo, segundo a Nasa.O asteroide vai passar a cerca de 1,2 milhão de quilômetros da Terra, cerca de três vezes mais distante do que a Lua.

Astrônomos profissionais e amadores estão se preparando para assistir à passagem, que será mais visível entre 23h desta segunda e 4h da madrugada de terça (horário de Brasília) nas Américas, Europa e África.

De acordo com o portal G1, será preciso ter um pequeno telescópio ou binóculo para ver o asteroide, conhecido como 2004 BL86

"Embora não represente uma ameaça à Terra num futuro próximo, é uma abordagem relativamente perto de um asteroide relativamente grande, o que nos proporciona uma oportunidade única para observar e aprender mais", disse em comunicado o astrônomo Don Yeomans, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, em Pasadena.

O asteroide, que orbita o Sol a cada 1,84 ano, foi descoberto há 11 anos pelo telescópio Linear (Lincoln Near-Earth Asteroid Research), localizado no Estado do Novo México.

   

Mapeamento da superfície


Os cientistas planejam mapear a superfície dele com radar durante o sobrevoo, na esperança de aprender mais sobre o seu tamanho, a forma, a taxa de rotação e outras características. "No momento, não sabemos quase nada sobre esse asteroide, portanto, é provável que haja surpresas”, declarou ao SpaceWeather.com o astrônomo Lance Benner, do Laboratório de Propulsão a Jato, da Nasa, em Pasadena, na Califórnia.

De acordo com a Nasa, o 2004 BL86 será o maior asteroide a passar tão perto da Terra até a chegada do 1999 AN10 em 2027.

A Nasa atualmente rastreia mais de 11 mil asteroides em órbitas que passam relativamente perto da Terra. A agência espacial norte-americana diz ter localizado mais de 95% dos maiores asteroides, aqueles com diâmetro de 900 metros ou mais, com órbitas que os levam relativamente perto da Terra.

Um objeto desse tamanho atingiu o planeta há cerca de 65 milhões de anos no que hoje é a península de Yucatán, no México, provocando uma mudança climática global que se acredita tenha sido responsável pela extinção dos dinossauros e muitas outras formas de vida na Terra.

Dois anos atrás, um meteoro relativamente pequeno explodiu na atmosfera sobre a cidade de Chelyabinsk, na Rússia, deixando mais de 1.500 pessoas feridas por estilhaços de vidro e destroços voando. Nesse mesmo dia, um outro asteroide não relacionado com ele passou a apenas 28 mil quilômetros da Terra, mais perto do que as redes de satélites de comunicação que cercam o planeta.

Fonte: G1

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