Arrecadação prevista não deve cobrir despesas mensais no DF.
Brasília - O novo governo do Distrito Federal fez as contas e além dos servidores, também terá dificuldades para honrar outros pagamentos. Rodrigo Rollemberg disse que herdou uma dívida bilionária e que a arrecadação não deve cobrir as despesas mensais, informou o Jornal do SBT.
Dívida do Governo atual
De acordo com informações do repórter Daniel Adjuto, a dívida herdada pelo atual governo é de R$3.166.364.466, 44. O principal problema é o atraso nos pagamentos a servidores. 44 mil funcionários da Saúde e 73 mil da Educação ainda não receberam o décimo terceiro e nem o salário de dezembro do ano passado.
Para complicar mais, a previsão de arrecadação para janeiro não deve ser suficiente para garantir os compromissos do mês. O Distrito Federal deve arrecadar R$2.093.200.441,00 já os gastos chegam a R$2.445.844.758,30. A nova equipe chegou a mostrar o saldo do novo governo, havia R$64.201, 07.
Rollemberg já pediu ao ministro Nelson Barbosa a antecipação da parcela de fevereiro do Fundo Constitucional.
Antigo Governo.
O governo do petista Agnelo Queiroz contesta os dados e diz que tem mais de R$1 bilhão.
Tribunal de Contas do Distrito Federal
O presidente do Tribunal de Contas do Distrito Federal, Renato Rainha, disse que o antigo governo só pode ser punido em caso de irregularidades após a análise das contas, que só serão entregues em abril. " O último ano de mandato o governo não pode deixar nenhuma dívida para o outro governo se ele não deixar o dinheiro junto. Se isso acontecer, as contas são julgadas irregulares e essa é a pior pena que um gestor público pode ter".
Carnaval 2015
Rodrigo Rollemberg disse que o governo não deve liberar recursos para financiar o Carnaval 2015."Por uma questão de prioridade nós não devemos utilizar recurso público para financiar o Carnaval."
A dívida das escolas de samba com funcionários e material para as alegorias chegam a R$2 milhões. A esperança é que a iniciativa privada patrocine o desfile. "É uma saída que vai nos ajudar de qualquer maneira em alguma coisa para que a gente possa dar condições a essas pessoas de voltarem para casa com seu dinheiro", disse Geomar Leite, presidente da Liga das Escolas de Samba de Brasília, ao telejornal SBT Brasil.