Gases de vacas serão transformados em sacolas plásticas.
À primeira vista, as sacolas de metano são iguais às convencionais, mas a diferença é que as sacolas comuns são feitas de petróleo, enquanto as apresentadas por Campbell vem do AirCarbon, o carbono extraído do metano expulso pelas vacas, ou que se desprende de lixões. O procedimento não apenas evita o uso de combustíveis fósseis, como também contribui com a diminiuição de gases tóxicos no meio ambiente. A versão proveniente do metano é produzida por uma empresa californiana chamada Newlight.
"(O metano) reage com um biocatalizador e cria uma reação que separa o carbono e o oxigênio no gás. Então passa por um período de fermentação, de onde surge este material plástico", exlpica Campbell à BBC. "A partir daí, podemos criar vários tipos de plástico", completa. Ele ressalta que este processo é mais barato do que o uso do petróleo.
Outro material não-biodegradável e raramente reciclável que a empresa se propôs a substituir foi o polietileno, usado em embalagens maleáveis e esponjas. O material proposto é quase o oposto: embalagens cultivadas a partir de esporas de fungos, que produzem grandes blocos brancos com textura esponjosa. Para criar este material, a empresa recolhe o substrato de antigas fazendas de cogumelos para moldar as esponjas. "Colocamos esta estrutura no molde e injetamos matrizes de fungos. As matrizes usam os carboidratos e açúcares ainda presentes no substrato para crescer", explica Campbell.
O material criado a partir dos fungos é biodegradável, mais flexível e duradouro que o polietileno. Os cientistas se mostram otimistas. "Realmente nos surpreendemos quando analisamos a estrutura celular com o microscópio. O que se vê é uma estrutura de raízes com pequenos tentáculos que se entrelaçam. É como uma cinta de velcro, melhor que o material original", diz Campell.
Curta o Momento Verdadeiro no Facebook e no Twitter .
Com informações do Terra