Câmara pede que autora de denúncias tenha proteção especial.


A Câmara dos Deputados pediu hoje (12), ao Ministério da Justiça, proteção da Polícia Federal para a ex-gerente da Petrobras Venina Velosa da Fonseca. Segundo notícia divulgada hoje (12) pelo jornal Valor Econômico, Venina teria alertado a direção da estatal sobre um esquema de corrupção na empresa e, em função disso, teria sido perseguida, ameaçada de morte, transferida para um escritório da petrolífera em Cingapura, na Ásia, e depois afastada de suas funções.

O pedido de proteção policial foi feito pelo líder da minoria no Congresso, deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), em função da publicação da matéria com as denúncias, e-mails e relatórios de alerta que teriam sido feitos pela ex-gerente.

Ao receber a solicitação, o secretário-geral da Mesa Diretora da Câmara, Mozart Vianna, comunicou o fato ao presidente em exercício da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP), que o orientou a encaminhar ofício ao chefe de gabinete do Ministério da Justiça, solicitando a proteção policial para a geóloga e ex-gerente executiva da Diretoria de Refino e Abastecimento da Petrobras, o que foi feito por Vianna.

"Em face da contundência dos fatos, solicitamos a Vossa Excelência que envide todos os esforços necessários – em nome da Câmara dos Deputados – junto ao senhor ministro de Estado da Justiça, com vistas a que sejam adotadas as providências cabíveis para assegurar a proteção desta cidadã e sua família, uma vez que ela – de forma corajosa e antes mesmo da Operação Lava Jato da Polícia Federal se tornar pública – já havia se posicionado no sentido de denunciar os graves casos de corrupção instalados na Petrobras", afirmou o líder Ronaldo Caiado.
Em nota de esclarecimento, a Petrobras informou que instaurou comissões internas em 2008 e 2009 para “averiguar indícios de irregularidades em contratos e pagamentos efetuados pela Gerência de Comunicação do Abastecimento”. E acrescenta: “O ex-gerente da área foi demitido por justa causa em 3 de abril de 2009, por desrespeito aos procedimentos de contratação da companhia. Porém, a demissão não foi efetivada naquela ocasião porque seu contrato de trabalho estava suspenso, em virtude de afastamento por licença médica, vindo a ocorrer em 2013. O resultado das análises foi encaminhado às autoridades competentes”.

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Iolando Lourenço - Repórter da Agência Brasil

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