Beltrame convocou reunião com policiais civis e militares para discutir ataques.

Motivado pela onda de assassinatos de policiais militares do estado do Rio de Janeiro, o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, convocou uma reunião com policiais civis e militares para esta segunda-feira (1º). A intenção da reunião é de articular ações de segurança visando conter os ataques. Só na noite do último sábado (29)três policiais foram mortos reagindo a assaltos. Durante a última semana, 14 policiais foram baleados, e seis morreram. Neste ano, mais de 100 policiais militares foram mortos em todo o estado do Rio.

Apesar dos números, a polícia nega que exista qualquer tipo de ligação entre os crimes, e diz não acreditar que a ordem para a execuções tenham sido dadas por traficantes de dentro dos presídios. "Nós vamos atrás dos autores desses episódios. Amanhã [segunda] mesmo nós vamos ter uma reunião com a PM e com a Civil onde pretendemos articular algumas ações”, disse Beltrame.

O secretário de Segurança Pública disse ainda que espera contar com a ajuda de outras frentes do poder, como o Legislativo, o Judiciário e do Sistema Prisional. “Gostaria nesse momento de dizer que precisamos de ações institucionais articuladas. Precisamos do Legislativo, do Juciário, do sistema prisional, nós precisamos de trabalho forte em fronteira. Nós precisamos de segurança primária. Nós precisamos de ações fortes com relação a menores", comentou José Mariano Beltrame durante evento realizado no Maracanãzinho, neste domingo (30).


Em contato com a reportagem do JB, a Secretaria de Segurança (Seseg) disse que está "acompanhando de perto o trabalho das Delegacias de Homicídios da Capital e da Baixada Fluminense, da Polícia Civil, de investigar e identificar os responsáveis pelos recentes ataques contra os policiais militares". Ainda segundo a Seseg, a Subsecretaria de Inteligência “nega que exista ordens oriundas de presídios para ataques a PMs ou de que os casos que aconteceram nos últimos dias tenham relações entre si”.

Com a intenção de fortalecer a segurança em comunidades, o governador Luiz Fernando Pezão já assinalou que vai pedir a prorrogação da permanência das Forças Armadas no complexo de favelas da Maré, um dos locais em que houve atentados contra policiais.

Em conversa com o Jornal do Brasil, um policial que não quis se identificar por medo de retaliação por parte do crime organizado frisou que a população precisa entender que o policial não é um super-herói, e sim uma pessoa comum, como outra qualquer.

“As pessoas precisam ter a consciência de que o policial não é um super-herói, e sim um cidadão comum, que tem amigos, família. O trabalho do policial é dar segurança para a população e isso não é reconhecido. O que mais tem é órgão de direitos humanos querendo manchar a reputação da PM. Agora nós gostaríamos de ver esses órgãos nos defendendo, afinal, também somos humanos. Sempre recebemos notícias de que um companheiro foi assassinado de maneira brutal, e isso não pode continuar”, lamentou o policial.

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Fonte: Jornal do Brasil

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