Julien Blanc não pode entrar no Brasil.
A Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro recebeu esta semana um projeto de decreto legislativo que pretende tornar “persona non grata” o suíço Julien Blanc, acusado de orientar homens a utilizar violência para conseguir sexo com mulheres. O vereador Renato Cinco (PSOL), autor do projeto, ressalta que o decreto é simbólico. "É para demonstrar que a cidade não recebe com boas-vindas o Blanc. Além de atentar contra as mulheres, o conteúdo das palestras que ele ministra estimula a violência".
O vereador do PSOL afirma que “é inadmissível que um indivíduo que exalte práticas abusivas seja recebido por cidadãos brasileiros proferindo palestras que caminham na contramão do combate permanente à violência sexista”.
Renato Cinco soube da vinda de Blanc à cidade através de uma petição online, que “faz o pedido de negação de visto” para o suíço “em nome de todos que combatem a violência contra a mulher no Brasil”. A petição já atingiu mais de 280 mil assinaturas e a meta é 1 milhão.
Nesta quinta-feira (13) o Ministério das Relações Exteriores confirmou ter elementos suficientes para recomendar a negação do visto de permanência ao suíço no País. Em nota, o Itamaraty ressalta que, até o momento, não há registro de pedido de visto.
No Rio de Janeiro, o projeto da Câmara passará por comissões antes de ser votado no plenário. Cinco quer agilidade e diz acreditar que os companheiros de Casa não irão se opor ao decreto. "Vou me esforçar para que a votação seja antes das palestras".
As palestras ministradas por Julien Blanc estão marcadas para os dias 29 e 30 de janeiro de 2015. Os locais são sigilosos e a participação custa cerca de R$ 6.000.
*Colaborou Lola Ferreira, do R7 Rio
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