Zuenir Ventura é eleito para a cadeira de Ariano Suassuna na ABL.


O escritor e jornalista Zuenir Ventura é o mais novo imortal da Academia Brasileira de Letras. Ele vai ocupar a cadeira do dramaturgo, poeta e romancista Ariano Suassuna, que morreu em julho.

Zuenir Ventura recebeu 35 dos 37 votos. Tradicionalmente, as cédulas são queimadas depois da eleição. O mineiro de Além Paraíba chega à Academia aos 83 anos. Segundo outros imortais, poderia ter chegado antes, mas várias vezes abriu mão do convite para não concorrer com amigos. “Tudo tem sua hora. Acho que chegou a hora dele. E veio muito bem. Nós estamos muito contentes com essa conquista”, diz o acadêmico Arnaldo Niskier.

Zuenir Ventura é colunista do jornal “O Globo” e já trabalhou em alguns dos principais veículos da imprensa brasileira. Em 1968, foi acusado de atividades subversivas e preso pela ditadura militar. Vinte anos depois, escreveria sua obra-prima: “1968, o ano que não terminou”, que já vendeu mais de 400 mil exemplares em 48 edições. O livro foi usado como referência para a minissérie da Globo “Anos rebeldes”.

Zuenir Ventura é eleito para integrar a ABL.

Entre as grandes coberturas feitas por Zuenir Ventura está a do assassinato do ambientalista Chico Mendes. As reportagens ajudaram a encontrar os culpados pelo crime. O novo imortal ainda é autor de roteiros de cinema e livros de ficção. “Realmente, você ser reconhecido pelos seus pares, com essa votação que eu tive, é emocionante. É um dos melhores momentos da minha vida, da minha carreira”, diz Zuenir.

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Fonte: Jornal Nacional

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