Mais de 400 pessoas morreram nos ataques do EI contra Kobani.
Estado Islâmico executa mais um refém.
O EI começou no último dia 16 sua ofensiva contra a cidade sírio-curda e, desde então, tem conseguido avançar mesmo com os bombardeios da coalizão internacional, liderada pelos EUA. Ontem, os jihadistas conseguiram entrar na cidade pelos lados leste e sudoeste e ainda não foram contidos pelas forças de defesa. Combatentes avançaram para o sudoeste da cidade curdo-síria durante a noite, disse nesta terça-feira um grupo que monitora o conflito na Síria, tendo conquistado vários edifícios para ganhar posições no ataque pelos dois lados da cidade.
A perspectiva de que a cidade, na fronteira com o território turco, caia em mãos dos militantes que a sitiam há três semanas aumentou a pressão sobre a Turquia, que tem o Exército mais poderoso da região, para se juntar a uma coalizão internacional na luta contra o Estado Islâmico. Do lado da fronteira turca, duas bandeiras do Estado Islâmico podiam ser vistas sobre o lado leste de Kobani. Dois ataques aéreos atingiram a área e tiroteios esporádicos podiam ser ouvidos.
Combatentes do Estado Islâmico estavam usando armas pesadas e lançando projéteis no avanço sobre Kobani, disse a oficial do alto escalão curdo Asya Abdullah à Reuters, falando de dentro da cidade. "Ontem houve um confronto violento. Lutamos arduamente para mantê-los fora da cidade ", disse ela por telefone. "Os confrontos não estão em toda a Kobani, mas em áreas específicas, nos arredores e em direção ao centro."
O Estado Islâmico, um ramo da Al Qaeda, ampliou sua ofensiva nos últimos dias contra a cidade fronteiriça de maioria curda, apesar de ter sido alvo de bombardeios da coalizão liderada pelos EUA destinados a deter o seu avanço. O grupo quer conquistar Kobani para consolidar uma ampla conquista de território no norte da Síria e do Iraque, em nome de uma versão absolutista do Islã sunita, que vem abalando o Oriente Médio.
Kobani é um dos três principais enclaves curdos da Síria faz fronteira com o território turco no norte. As milícias curdas são um dos principais oponentes do EI no Iraque e Síria, onde a organização extremista sunita proclamou um califado em junho.
Fonte: R7
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