Aécio responderá críticas do PT com propostas.


De início, a pretensão de Aécio Neves era a de se apresentar ao lado de seus apoiadores no primeiro turno e agradecer pelos votos que lhe garantiram a ida ao segundo turno. Era para "criar um fato", tal como fizera sua adversária na véspera – Dilma se reuniu com governadores eleitos e ministros para marcar a "arrancada" do segundo turno e o roteiro de viagens. Aos poucos, porém, Aécio foi ganhando mais e mais adeptos. E o fato político preparado ganhou maior expressão, disse Cristiana Lôbo, jornalista e comentarista de política da GloboNews, e âncora do Programa Fatos e Versões, em seu blog.

Segundo a jornalista, de uma só vez, dois ex-candidatos à Presidência declararam apoio à sua candidatura – Pastor Everaldo, do PSC, o que já era esperado desde uma dobradinha dos dois no debate da Globo, mas também Eduardo Jorge (PV), que na campanha marcou com personalidade suas propostas de governo como a descriminalização do aborto e ações de sustentabilidade. Foi uma surpresa para os presentes, que o receberam com entusiasmo. Também declararam apoio dissidentes de outros partidos, como Pedro Taques, do PDT, Jarbas Vasconcelos, do PMDB, Ana Amélia Lemos (PP), que já estava com Aécio no primeiro turno.
Depois do evento no Memorial JK, Aécio foi para o seu gabinete no Senado onde, minutos depois, recebeu telefonema do deputado Júlio Delgado para comunicar-lhe o apoio do partido à sua candidatura. "Eu vou aí agora', disse ao presidente do PSB, Roberto Amaral, por telefone. Antes, fez questão de lembrar que sua adversária Dilma estava na Paraíba, onde há um candidato do PSB, Ricardo Coutinho, contra o candidato tucano Cássio Cunha Lima. "É o único problema nosso, e precisamos conversar", ele disse.


Toda a animação na festa do PSDB era sustentada pela expectativa das pesquisas que vão ser divulgadas nesta quinta-feira. Aqui e acolá, um e outro falava em números animadores para Aécio em seu Estado. Nas conversas reservadas, os caciques pediam calma e persistência. "Ele vai subir e depois acomodar; precisamos manter a força para a arrancada final", era o conselho dos mais próximos.

A avaliação ali era a de que Aécio está em seu melhor momento na campanha depois de ter passado para o segundo turno em curva crescente de aprovação nas pesquisas. Mas, segundo eles, ninguém pode se entusiasmar muito porque o estilo do PT está claro: é o de bater muito e tentar desconstruir o adversário. "A cada critica, vou responder com uma proposta para melhorar a educação, a saúde, e a segurança da população, mas sem me acorvardar". Ou seja, Aécio disse que não vai dar o primeiro tiro, mas se levar um, vai devolver.

Fonte: Blog da Cristiana Lôbo, G1.

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