Fuzis usados pelo Bope serão adaptados.


O Batalhão de Operação Especiais (Bope) da Policia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) vai ganhar armamento mais leve e adequado para as operações da tropa. Segundo noticiou o jornal 'O Dia' nesta segunda-feira, 1º de setembro, uma licitação internacional vai ocorrer, no mês que vem, para comprar 100 kits de conversão de fuzis M16 para carabinas M15 Law Enforcement

A reportagem de Cristina Nascimento informa que devido a problemas de corrosão e desgaste em peças, as armas usadas por policiais do Bope serão adaptadas para continuar na ativa. A Secretaria de Segurança Pública justifica a compra informando que a corrosão, ocasionada pela queima da pólvora, está interferindo “no destrancamento da arma”, quando é feito o disparo, o que pode colocar em risco a vida dos policiais.  O órgão também alega que a troca vai ajudar nas missões do efetivo durante os Jogos Olímpicos. Os fuzis do Bope têm 12 anos de uso e, segundo o edital, os problemas ocorrem em 78 armas, porque há “corrosão no impulsor do ferrolho e desgaste dos anéis”. No entanto, a compra é para um número maior de armas: cem. A tropa de elite tem cerca de 450 homens. 

Questionada sobre o motivo de optar pela adaptação e não pela compra de novos equipamentos para a tropa, a PMERJ informou que não havia esta necessidade, “ uma vez que boa parte dos armamentos está em estado perfeito de utilização”. Explicou, ainda, que decidiu “por substituir somente as peças gastas, estendendo a durabilidade das armas e economizando recursos”. O valor estimado para a aquisição é de R$ 293 mil

Ainda de acordo com a Polícia Militar, apesar das duas armas terem o mesmo calibre, o fuzil modelo M15 tem cano reforçado, o que permite maior durabilidade do armamento.

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Para o ex-capitão do Bope e instrutor de tiros da corporação por 13 anos, Paulo Storani, a iniciativa da mudança com os kits é positiva. Segundo ele, além da questão financeira, há um outro aspecto a ser considerado. O M15 é um armamento mais adequado para uso policial. “A portabilidade melhora, o emprego da arma também. Quando se troca apenas as peças, há a economia no gasto e a ampliação da vida útil de armas que estão no uso diário da tropa”.

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