Filme que explode templo de Salomão, da IURD, é sensação na 31ª Bienal.
A simulação da obra foi feita no galpão de uma escola de samba, no parque Vila Lobos e no centro de São Paulo, e custou R$ 1 milhão, bancados pela galeria de Nova York Petzel. Com celular em punho, o elenco do filme registrava em vídeo cada detalhe da primeira exibição de "Inferno", chamando a atenção de quem passava pelo terceiro andar do pavilhão do Ibirapuera.
Segundo o Mídiacon, a obra, com inspiração no judaísmo, é mais um ingrediente na polêmica envolvendo Israel e a Bienal. Isso porque cerca de 55 artistas divulgaram uma carta aberta à Fundação Bienal de São Paulo pedindo que a instituição recusasse o financiamento de instituições israelenses, em protesto às ações militares na Faixa de Gaza.
"Tem gente achando que estamos ali criticando o templo, mas o filme é apenas uma representação da história", diz o produtor Eduardo Scandaroli. "Gastamos cerca de cinco dias para filmar, com uma narrativa diferente, marcada pela música e sem diálogos. Nossa expectativa era muito grande" completou. A atriz Alessandra Moreira, destaque na cena em que o templo é repentinamente tomado pelo fogo, diz que a mensagem principal é mostrar até onde a religiosidade poderia ir. "Acho que a principal mensagem é mostrar até onde vai a religiosidade e até onde ela poderia ir".
Segundo a curadoria, um dos objetivos da edição deste ano foi priorizar artistas que expressassem as tensões e conflitos do mundo contemporâneo. Temas como sexualidade, feminismo e religião dão a tônica na maior parte das obras.
Fontes: Uol/ Mídiacon
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