O
governo chileno condenou a
explosão no metrô de Santiago nesta segunda-feira (8) e a classificou como "ato terrorista", informou a
agência de notícias France Presse. A explosão ocorreu por volta das 14h locais (mesmo horário no Brasil) na
estação Escuela Militar, no bairro de Las Condes. A estação foi fechada às 14h55 para facilitar a investigação policial, segundo informou o
metrô de Santiago em sua
conta no Twitter. A policia, os bombeiros e ambulâncias trabalham no local.
O porta-voz do governo chileno, Álvaro Elizalde, disse que foi um ato terrorista. "Pessoas inocentes foram afetadas por este ato terrorista. O governo vai recorrer à Lei Antiterrorista", afirmou. "Às 14h um artefato explosivo foi detonado no centro (mini-shopping center) ao lado da estação de metrô, e no momento as investigações estão sendo feitas para determinar a origem", disse Mario Rozas, chefe de comunicação da polícia.
De acordo com informação da Associated Press, pelo menos nove pessoas ficaram feridas, algumas delas em estado grave. Um dos feridos é uma mulher que trabalha no serviço de limpeza do metro e teve os dedos de uma mão amputados. O comandante Ivo Zuvic García disse à imprensa que a explosão foi provocada por um artefato que estava dentro de um cesto de lixo perto de um estabelecimento que vende comida na galeria subterrânea que está conectada com a estação de metrô.
Mas o metrô estava operando normalmente após a explosão, embora a estação Escuela Militar estivesse fechada, afirmou a polícia. O subsecretário do Ministério do Interior, Mahmud Aleuy, disse que dois suspeitos de ter responsabilidade no atentado fugiram em um carro, cujas características gerais foram identificadas.
Segundo o chefe dos bombeiros, os feridos têm idades que variam de 30 a 65 anos e foram levados a clínicas médicas das proximidades. Neste ano, 28 bombas explodiram em diversos lugares da cidade, uma delas em outra estação de metrô. Devido a uma intensa campanha policial os ataques diminuíram há cerca de um mês.
A Estação Escuela Militar têm várias galerias com comércio, entre eles postos de comida que são muito frequentados na hora do almoço. O Chile comemora nesta semana o 41º aniversário do golpe militar de 1973, que removeu do poder o presidente socialista Salvador Allende. Tradicionalmente, a data é marcada por protestos que às vezes se tornam violentos. Em julho, um artefato incendiário explodiu em um trem subterrâneo sem que ninguém ficasse ferido.
Fonte: G1
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