Milicianos cobram pedágio de candidatos em favelas no Rio.
De acordo com a publicação, o documento contém o timbre da associação e é assinado pelo presidente, Alexsander Gomes, e pelo vice-presidente, Francisco Maurício L. Mesquita. O informe é entregue aos políticos interessados em colocar placas na favela, o que só seria feito mediante o pagamento de R$ 100 mil por favela.
Quem tentou fazer propaganda por lá sem saber das regras impostas foi ameaçado. Há 15 dias, as placas de um candidato a deputado estadual foram queimadas na favela Águia de Ouro, em Del Castilho, à beira da Linha Amarela. No dia seguinte, dois cabos eleitorais do candidato foram substituí-las e acabaram abordados por um motoqueiro de fuzil."O motoqueiro afirmou que os dois teriam que pagar para colocar placa ali. Caso contrário, seriam queimadas as placas, a Kombi e os dois, mortos" — contou o candidato, pedindo anonimato.
A equipe do jornal Extra foi à favela Águia de Ouro ontem e identificou que só existem lá placas de um candidato, o deputado estadual Marcelo Simão (PMDB), que tenta a reeleição. Procurado, Simão afirmou que fechou parceria com o presidente da Associação de Moradores da Comunidade Águia de Ouro, Pedro Borges, em troca de apoio numa candidatura a vereador em 2016. "Os líderes locais escolhem os seus candidatos e ajudam a levar as campanhas onde têm credibilidade" — afirmou Simão.
Procurados, os presidentes da associações não foram encontrados pelo jornal.
Fonte: Jornal Extra
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