Datafolha: 93% se dizem insatisfeitos com a saúde.
Na pesquisa, foi pedido aos entrevistados que dessem notas de zero a dez para a saúde no Brasil e para o SUS. O estudo considera ruins ou péssimas as notas de zero a quatro. De cinco a sete, a avaliação é considerada regular. O levantamento apontou que nos últimos dois anos, 92% da população brasileira buscou atendimento no SUS e 89% da população conseguiu ser atendida pelo sistema público. Ainda de acordo com o levantamento, 57% dos eleitores brasileiros consideram que a saúde deveria ser tema prioritário para o governo federal. Em seguida estão a educação (18%) e o combate à corrupção (8%).
Para o presidente do CFM, Roberto D'ávila, a pesquisa mostra a "insatisfação da população". D'ávila disse ainda que não se pode tratar a saúde como "bem de consumo".
"A situação é extremamente grave. Mas toda vez que nós falamos, sempre é levantada a possibilidade de um viés corporativo. A pesquisa mostra a insatisfação da população", afirmou o presidente do CFM. "Saúde é um dever do Estado e um direito da população. A saúde não é um bem de consumo. É um bem público", concluiu.
Outro ponto destacado pelos entrevistados foi o tempo de espera para o atendimento no SUS. Das pessoas ouvidas, 725 (30%) disseram estar esperando a marcação ou realização de algum serviço no Sistema Único de Saúde ou disseram que tê alguém da família nessa situação. Destes 725, 24% disseram que estão na fila de espera há até um mês; 47% disseram aguardar o atendimento há entre um e seis meses; e 29% dizem que aguardam na fila do SUS há mais de seis meses - algo em torno de 210 pessoas. Segundo a pesquisa, as maiores taxas de pessoas que aguardam na fila do SUS estão entre as mulheres de 25 a 55 anos, de classes sociais mais baixas, residentes em regiões metropolitanas e no Sudeste do Brasil.
Serviços do SUS - Entre os serviços oferecidos pelo SUS e considerados de difícil acesso, 33% dos entrevistados consideram o acesso às cirurgias "muito difícil". Em seguida, estão procedimentos específicos como quimioterapia e hemodiálise (23%), o serviço de atendimento em casa - conhecido como "home care" (21%) e internações hospitalares (20%). Já os serviços considerados de mais fácil acesso são a distribuição de remédios gratuitos pela rede pública - 53% consideram fácil - e o atendimento em postos de saúde (47%). Para os entrevistados que disseram ter utilizado algum serviço do SUS, 26% consideram a qualidade do atendimento como ruim ou péssimo; 44% avaliam como regular; e 30% considera a qualidade boa ou excelente. Curta nossa página no Facebook e Twitter.
Fonte: G1/Bem Estar.
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