Garotinho, Crivella, Pezão, Lindberg e Motta sugerem mudanças para conter violência policial no Rio.
Rio - Saúde e Educação sempre apareceu na lista como prioridade da maioria dos candidatos em ano eleitoral, mas, pelo que se vê, Segurança Pública deve entrar nesta lista e ganhar mais atenção dos candidatos nos últimos dias, principalmente quando quem deveria proteger é quem mata. O caso é sério e tem acontecido com certa frequência na capital fluminense quando a Polícia Militar do Rio entra em ação. Infelizmente, no cenário atual, parte da população tem medo da PMERJ.
Os candidatos a governador Anthony Garotinho (PR), Lindberg Farias (PT), Luiz Fernando Pezão (PMDB), Marcelo Crivella (PRB) e Tarcísio Motta (PSOL) acreditam que a polícia do Rio tem jeito. E apresentaram as maneiras como, se eleitos, pretendem tornar isso realidade. A discussão foi proposta pelo jornal Extra promovendo um debate entre os que, a partir de 1º de janeiro de 2015, terão a missão de comandar um efetivo de cerca de 58 mil policiais da PMERJ e Polícia Civil do Estado do Rio.
O ex-governador e atual deputado federal Anthony Garotinho, candidato pelo PR, disse que tem como resolver o problema, segundo ele: "tem jeito! Precisamos de um conjunto de medidas. Primeiro: melhor formação e seleção dos policiais. Com a pressa de formar policiais em seis meses, estão dando a farda da PM a pessoas que sequer sabem atirar" — afirmou Garotinho, que defendeu ainda uma corregedoria externa e investimento em equipamentos de inteligência.
Marcelo Crivella, do PRB, pretende instalar câmeras nas fardas dos PMs - "Vamos melhorar os mecanismos de seleção, capacitação e correição, e disso vou cuidar pessoalmente. Toda operação terá planejamento, funções especificadas e efetivo completo. Vamos implementar uma política de “câmera, polícia, ação”, que visa ao monitoramento e à avaliação da operação" — prometeu Crivella, referindo-se à instalação de câmeras nas fardas.
Lindberg Farias, do Partido dos Trabalhadores, fala em reforma da polícia. "Quero fazer a reforma da polícia para preparar melhor o policial, e envolvendo os próprios. Do jeito que está, a polícia que mata é a mesma que morre. Muitos policiais têm sido vítimas. Não dá mais para brincar de tiro ao alvo. A lógica da guerra tem que dar lugar a uma formação que priorize o policiamento comunitário" — propôs Lindberg.
Já o atual governador, que substituiu Sérgio Cabral, Luiz Fernando Pezão, que é candidato pelo PMDB, propõe a construção de uma Academia das UPPs, o governo do PMDB seguirá com a chamada política da pacificação - "Sou inteiramente contra a violência. E isso inclui os policiais dessas situações absolutamente inaceitáveis. Temos investido na formação. Vamos criar a Academia das UPPs, para aperfeiçoar o treinamento. Fomos o governo que mais cortou na carne, (expulsando) policiais que cometeram delitos Mas não podemos generalizar" — sugeriu Pezão.
Corregedorias de polícia independentes é a proposta de Tarcísio Motta, do PSOL, "Temos que criar uma ouvidoria e uma corregedoria externas, sem contato com a Secretaria de Segurança, além de reformular os estatutos das polícias e melhorar a formação, investindo numa polícia mais democrática e que respeite os direitos humanos" — defendeu Motta.
Com informações do jornal Extra.
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