Campos não vê problema de sua mãe ser ministra do TCU caso eleito.


O candidato à Presidência pelo PSB, Eduardo Campos, participou nesta segunda-feira (11), da sabatina realizada pelo G1 com os presidenciáveis, e disse que criará um fundo nacional para dar passe livre a estudantes de escolas públicas e que estados e municípios terão de dar uma contrapartida para esse fundo nacional. Sendo que a maior contribuição para esse fundo virá do governo federal, mas estados terão de dar 20% de contrapartida e municípios, 10%. A estimativa da campanha de Campos é que esse fundo acumule R$ 12 bilhões para financiar o passe livre, conforme ele antecipou em entrevista à Globo News.
"Nós vamos criar um fundo nacional. Municípios e estados que têm transporte coletivo nas cidades, sistemas públicos, se candidatam. E vai ter uma contrapartida de 10% dos municípios e 20% dos estados para esse fundo. Fizemos esse cálculo com a média das passagens que hoje são aplicadas nas regiões metropolitanas e nas cidades têm sistemas de transporte", afirmou. 

Durante essa sabatina, o candidato do PSB falou sobre outras questões, como o combate a inflação, onde comparou as metas do atual governo da presidente Dilma, com os jogos do Brasil na copa. O candidato reiterou a comparação que vem fazendo durante a campanha de que o Brasil "está perdendo de 7 a 1", em alusão à derrota da seleção brasileira para a da Alemanha na Copa do Mundo. "O Felipão botou [os 7 a 1] no campo e a Dilma, na vida real da gente", comparou. "É 7 de inflação e menos de 1 de crescimento. Nós vamos botar o Brasil para voltar a crescer", afirmou.  

Campos ainda falou sobre: Juros, câmbio e fator previdenciário; Combustível e energia; de ser ex-aliado do PT; sobre relação política com Marina Silva e sobre o cargo de sua mãe, Ana Arraes, que é conselheira do Tribunal de Contas da União (TCU)

Segundo Campos, a mãe não julgaria contas do governo federal caso ele fosse eleito. "Ela não vai apreciar como magistrada nenhuma conta que nos envolva diretamente. Fiquei sete anos e três meses no governo e tudo que se refere a convênios e recursos federais ela não julga o que tem a ver com o estado [de Pernambuco]." Segundo Campos, que se intitula o primeiro governador do país a fazer uma lei contra o nepotismo, "isso [a mãe ser ministra do TCU] não é um problema [Ela] Não vai precisar [se afastar] porque não vai apreciar como magistrada as contas relativas ao governo federal ou nosso trabalho diretamente. Foi a primeira mulher que venceu uma eleição para o TCU. Vem fazendo um trabalho reconhecido e terá um ano e meio porque vai atingir a aposentadoria aos 70 anos e não terá de acompanhar as primeiras contas do nosso primeiro mandato. Naquela época [2011], não tinha ideia de que eu seria candidato à Presidência da República.[...] O problema do Brasil é outro, é baixo crescimento, é inflação de volta, são os problemas reais."

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Com informações do G1.

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