Mediadores de Lula e Campos conversam sobre apoio a Dilma em possível segundo turno.


Em um cenário divulgado pela pesquisa do Instituto Datafolha junto aos eleitores, sobre um possível embate entre os candidatos Dilma Rousseff, do PT e Aécio Neves, do PSDB, no segundo turno das eleições presidenciais, levou interlocutores da campanha petista a conversar com um dos coordenadores do comitê de Eduardo Campos, do PSB, neste final de semana. Campos, que nunca perdeu o contato com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está mais disposto a conversar, segundo o que apurou a reportagem do Correio do Brasil. 

Os 38% de intenções de voto para o ex-governador pernambucano, caso chegasse a disputar um segundo turno das eleições presidenciais, segundo um dos analistas do grupo de marketing do PT, credenciam Campos a ocupar um posto de destaque no provável segundo mandato da atual presidente da República. Amigo pessoal do ex-presidente Lula, e do candidato tucano, senador Aécio Neves (MG), Campos tem tentado superar a condição de pêndulo na balança eleitoral, mas vê sua situação financeira ficar mais difícil, na medida em que seu desempenho nas pesquisas segue estagnado na casa dos 8% de votos possíveis.


Ainda segundo a publicação, Campos tem percebido a perda de interesse do empresariado e dos grandes grupos econômicos, ligados ao campo da direita – que ele busca acessar com o discurso de que sua campanha está longe dos objetivos outrora socialistas da legenda que o abriga – e percebe que os recursos para a reta final da corrida às urnas estão cada vez menores. O que é o pior, a captação dos últimos meses e as perspectivas de novos financiadores têm seguido na mesma direção.

À Justiça Eleitoral, Campos previu um gasto de até R$ 150 milhões no financiamento da campanha, recurso que esperava captar com mais facilidade junto aos empresários que, cada vez mais, demonstram um profundo aborrecimento com a política econômica da presidente Dilma Rousseff. Ele esperava se beneficiar com o apoio de quem acredita que o crescimento pífio do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano será o melhor combustível contra sua provável reeleição.

As tendências eleitorais, no entanto, mostram que a direita tende a se concentrar em Aécio Neves, o que deixa a campanha de Eduardo Campos na posição de coadjuvante em qualquer dos lados para o qual pender, se chegar em terceiro no pódio eleitoral. O tom da conversa de Campos com a equipe de Dilma, segundo observador independente da cena política, tem sido de cautela, pois há ainda o fator Marina Silva, que divide com o PSB a preferência de um eleitorado que, mesmo afastado de Dilma, não fecha com Aécio Neves em um primeiro plano. A ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente na gestão do presidente Lula ingressou na campanha de Campos em outubro do ano passado e o levou à presença de fazendeiros, banqueiros e investidores, como uma promessa na oposição a Dilma.

Campos, no entanto, tem visto a situação mudar rapidamente nas últimas semanas, quando parte de seus prováveis patrocinadores passaram a ver que Dilma é favorita indiscutível para estas eleições, como demonstram os números das pesquisas eleitorais. Diante dos fatos, os grandes empresários tendem a dividir suas doações entre ela e seu adversário direto, Aécio Neves.

"A campanha está começando agora e há muito para acontecer. O custo da campanha é elevado, mas não é nossa ambição atingir o teto de arrecadação de R$ 150 milhões. É difícil competir com partidos mais estruturados" confessou o economista Henrique Costa, tesoureiro da campanha de Eduardo Campos, a Folha de S. Paulo, em sua última edição. A mesma dose de certeza que mobiliza o empresariado para contribuir com a campanha de Dilma Rousseff tem sido suficiente para adoçar a conversa com Eduardo Campos. Desde o lançamento da campanha de Eduardo Campos, Lula tem evitado críticas mais contundentes ao ex-aliado, na esperança de tê-lo de volta caso seja necessário o apoio dele em um segundo turno. A recíproca também é verdadeira para Campos, que rasga elogios a Lula na mesma proporção em que critica a adversária petista.

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Fonte: Correio do Brasil.

Comentários

  1. Tudo farinha do mesmo saco, bando de aproveitadores discarrados que um dia falam mau um dos outros no outro dia estão se beijando.

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  2. Politico é igual talharim só esta duro fora da panela mais depois que se integra é tão similar que se torna impossível identificar tal a semelhança, o importante é levar vantagem CARATÈR foi extinto no parlamento brasileiro.

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  3. O mais difícil em uma campanha de milhões é ver o patrimônio declarado ao TSE, já penso em doar a Presidenta meu PÁLIO 2002, pois a coitada possui um FIAT TIPO 1995 e um apartamento de cooperativa na periferia de Porto Alegre, só falta o cartão de minha casa melhor para adquirir um tablet CCE em 24 prestações nas casas BAHIA, quanto miserê. ELEITOR SABE DE NADA, INOCENTE. !!!!!!!!!!

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