Juros para o consumidor sobem pelo 13º mês seguido.
Economia - As taxas de juros voltaram a subir no mês passado. Os juros para o consumidor subiram pelo décimo terceiro mês seguido. Foi o sexto aumento este ano, de acordo com um levantamento da ANEFAC (Associação dos Executivos de Finanças).
Conforme informou a editora de economia da "Globo News", Juliana Rosa, das seis linhas de créditos acompanhadas, cinco aumentaram e uma ficou estável entre maio e junho. Os juros do cartão de crédito conseguiram subir ainda mais e estão valendo 10% ao mês, 238% ao ano. A taxa do cheque especial está em 159,76% ao ano. Subiram também os juros do crédito pessoal dos bancos, nas financeiras, os juros do comércio, o que ficou estável foi os juros para compra de carro.
O economista da ANEFAC, Miguel de Oliveira, disse que pagamos mais caro para pegar dinheiro emprestado porque os bancos estão temendo o aumento dos calotes. O Banco Central registrou no mês passado um leve aumento da inadimplência diante do crescimento mais fraco da economia, com inflação alta, possibilidade do aumento do desemprego.
Começa nesta terça-feira, 15 de julho, a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) e a expectativa é que novamente os juros sejam mantidos, os juros básicos, que são referência para os bancos, ou seja, o custo do dinheiro não deve aumentar para os bancos, mas eles estão cobrando mais, mesmo com inflação pressionada os juros básicos não devem subir, amanhã eles anunciam o resultado, porque o ritmo de crescimento da economia está fraco e isso tem segurado o consumo e pode ajudar a segurar a inflação.
O Comércio está sentindo os efeitos do consumo mais fraco. De acordo a Confederação Nacional do Comércio, a previsão de vendas foi reduzida de 4,7% para 4,5% este ano. A indústria deve fechar o ano com queda da produção.
Ainda segundo informações da editora de economia da Globo News, Juliana Rosa, o dólar sobe, valendo R$2,21. A bolsa brasileira abriu em alta de 0,22%. O mercado segue cauteloso, pessimista, saiu uma projeção na manhã desta terça de piora da economia brasileira, que é da Associação de Comércio Exterior do Brasil. Eles estão achando que as exportações e importações vão diminuir e a previsão é pior para o saldo da balança comercial, ao invés de 7 bilhões de dólares de saldo, a previsão agora é de um saldo de 0,6 bilhões de dólares. Com informações do programa Conta Corrente, da Globo News.
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