“A cura da Aids poderia estar a bordo daquele avião”, disse Trevor Stratton.


A queda do avião da Malaysia Airlines ocorrida nesta quinta-feira, 17, reservou tristes notícias para o mundo e também para o mundo da ciência. No voo, estavam cerca de 100 cientistas e ativistas a caminho da Conferência Internacional sobre a Aids, prevista para começar neste domingo (20) na Austrália.

Dentre os mortos, estava o holandês Joep Lange, de 60 anos, reconhecido como um dos maiores especialistas sobre a doença no mundo. O cientista dedicou cerca de 30 anos da sua vida às pesquisas sobre o vírus HIV e à Aids. Ele ficou mundialmente conhecido por defender a diminuição dos custos do tratamento para os países mais pobres. Em anuncio, um professor da Universidade South Wales que havia trabalhado com Lange disse: “Joep tinha um compromisso absoluto com os tratamentos contra o HIV na Ásia e na África”.

Ex-presidente da Sociedade Internacional da Aids (IAS), o cientista estava trabalhando como professor de medicina na Universidade de Amsterdã e era diretor do Instituto de Amsterdã para a Saúde Global e o Desenvolvimento. Em declaração, o atual presidente da IAS falou: “O movimento HIV/Aids perdeu um gigante”.

Pioneiro nas terapias mais acessivas da doença, Lange estava voando para Kuala Lumpur, onde encontraria sua mulher para um voo de conexão à Austrália. Junto dele, estavam cerca de 100 pessoas que seguiam em direção à conferência. Em entrevista a uma rede australiana, Trevor Stratton, um consultor sobre a doença, disse: “A cura da Aids poderia estar a bordo daquele avião, simplesmente não sabemos”.

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Fonte: Revista Galileu

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