Irmã do rei da Espanha pode acabar no banco dos réus, diz jornal.
O auto de acusação divulgado esta quarta-feira considera a infanta responsável por um delito contra as Finanças e cúmplice de dois delitos fiscais imputados ao marido, Iñaki Urdangarin, suspeito de desviar milhões de euros de dinheiro público. O juiz José Castro, do Tribunal de Palma de Maiorca, entende que há "indícios suficientes" de que colaborou com o marido de forma "ativa".
O auto é um passo prévio a um eventual julgamento da infanta, que poderá nunca chegar a realizar-se. A decisão já era esperada e tanto Cristina como o marido recorrerão das acusações, segundo o diário El País. A procuradoria anticorrupção tem uma posição diferente da do juiz Castro e também recorrerá, por considerar que "não existem indícios de delito" na atuação da infanta e que os ilícitos penais são apenas imputáveis ao marido e a um sócio. A decisão de enviar, ou não, o caso para julgamento será tomada pelo tribunal provincial.
Urdangarin, que é acusado de seis delitos, e o sócio, Diego Torres, são acusados de terem cobrado mais de seis milhões de euros aos governos das Baleares e da Comunidade Valenciana para organizar eventos ligados ao desporto em que apenas gastaram dois milhões de euros. O dinheiro era recebido através do Nóos, que se apresentava como entidade sem fins lucrativos (e de cuja direção Cristina fez parte) e que servia para a passagem do dinheiro para as empresas de ambos – uma delas a Aizoon.
O auto do juiz mantém as acusações a 16 dos 32 arguidos, segundo o El País. A Casa Real expressou o seu "total respeito pela independência do poder judicial", tal como o fez o Governo, pela voz do ministro da Justiça, Alberto Ruiz-Gallardón, o qual recordou que a decisão é passível de recurso. "Neste país, a lei é igual para todos", disse também.
A infanta e o marido, há dois anos afastados das atividades oficiais da família real, foram os grandes ausentes da cerimônia de juramento do irmão, Felipe VI, na quinta-feira passada. O caso Nóos contribuiu para a quebra de popularidade da família real.
Com informações de Publico.pt/ Isto É Dinheiro
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