Graça Foster volta a afirmar que compra de Pasadena 'não foi bom negócio'.
A presidente da Petrobras, Graça Foster, voltou a afirmar que a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, não foi um bom negócio para a estatal brasileira. Segundo ela, foi um empreendimento com "baixo retorno", apesar da melhoria de desempenho da planta industrial. "Quando olhamos o conjunto, a Petrobras considera que não foi um bom negócio com as condições atuais. Hoje, como se apresentou depois da crise econômica [de 2008], não é um negócio de grande atratividade. É de baixo retorno, mesmo olhando o desempenho recente da refinaria" - afirmou.
A compra da unidade de refino da belga Astra Oil deu prejuízo à Petrobras e está sob investigação. Graça Foster declarou que a estatal tem atendido todas as dúvidas e requerimentos de informações dos órgãos de controle, como Ministério Público, Tribunal de Contas da União (TCU) e Controladoria Geral (CGU).
A executiva reafirmou a importância de duas cláusulas que foram omitidas do resumo-executivo que serviu de base para a negociação. As cláusula em questão são a Put option e Marlim. A primeira determinava que, em caso de desacordo entre os sócios, a outra parte seria obrigada a adquirir o restante das ações. A segunda garantia à Astra Oil, sócia da Petrobras, um lucro de 6,9% ao ano.
A posição da presidente vai de encontro à opinião do autor do resumo-executivo, ex-diretor da companhia Nestor Cerveró, que disse à CPI que funciona exclusivamente no Senado tratar-se de cláusulas sem relevância.
Conforme Graça Foster, o valor efetivamente desembolsado pela Petrobras no negócio foi de US$ 1,24 bilhão, incluindo a estrutura física da refinaria, uma comercializadora de derivados e os custos tributários e judiciais após o fim da sociedade com a Astra Oil. Acompanhe nossas atualizações pelo Facebook e Twitter.
*Agência Senado | Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil.
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