Ex-chefe de redação do 'News of the World' foi considerado culpado em caso de escutas ilegais.
O júri britânico anunciou os veredictos após oito dias de deliberações, depois de um julgamento de oito meses sobre o escândalo que provocou o fechamento do tabloide de Rupert Murdoch em julho de 2011, e inocentou Brooks por unanimidade, mas declarou culpado Andy Coulson, ex-chefe de imprensa do primeiro-ministro David Cameron e ex-editor de um dos muitos jornais britânicos de Murdoch, acusados de ser parte de uma conspiração para grampear telefones.
Rupert Murdoch era dono do News of the World, um tabloide de 168 anos fechado pelo magnata da mídia em julho de 2011 em meio a uma indignação popular sobre revelações de que jornalistas grampearam o correio de voz do telefone celular da menina de 13 anos Milly Dowler, desaparecia em 2002 e que foi encontrada assassinada. O jornal grampeou e chegou a apagar mensagens para liberar espaço na memória, fazendo os investigadores acreditarem que a menina estava viva.
Coulson, que precisou renunciar como assessor de imprensa do primeiro-ministro David Cameron pelo escândalo, enfrenta uma pena de prisão após a condenação do tribunal de Old Bailey em Londres. Já Rebekah Brooks, que havia sido uma das conselheiras mais notórias do proprietário do jornal, o magnata Murdoch, foi absolvida das acusações de conspiração para interceptar chamadas telefônicas e para pagar funcionários por informações.
A condenação de Coulson levou o primeiro-ministro Cameron a apresentar suas desculpas por tê-lo contratado a pedido de seu atual ministro das Finanças, George Osborne, estrela do gabinete. "Sinto sinceramente por tê-lo contratado. Foi uma decisão equivocada e digo isso claramente", declarou Cameron em um comunicado.
Clive Goodman, que foi editor de temas reais no tabloide, disse ainda que foi a princesa Diana de Gales lhe deu os números de telefone privados dos membros da Casa Real porque buscava um aliado para atacar o príncipe herdeiro Charles após seu divórcio. Também foram apresentadas mensagens comprometedoras nas quais o ex-primeiro-ministro britânico trabalhista Tony Blair oferecia assessoramento a Brooks neste caso.
A cobertura midiática do caso foi tão grande que o juiz John Saunders convocou os membros do júri a agir de acordo com o juramento que prestaram e a se esquecer de todo o resto. "Têm que pronunciar veredictos verdadeiros de acordo com as provas. As provas que ouviram no julgamento. Eliminem de sua mente qualquer coisa que tenham ouvido fora do julgamento", aconselhou.
Fontes: Isto É Dinheiro/ R7
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