Suíços rejeitam adoção de um salário mínimo de R$ 10 mil.
Apesar dos sindicalistas realizarem manifestações a favor de salário mínimo de quase R$ 10 mil em Basileia, na Suíça, durante o 1º de Maio, os suíços não querem o novo valor do salário mínimo, diz TV oficial. Pois a proposta que criaria o maior piso do mundo parece não estar agradando e deve ser derrotada em referendo. Resultados iniciais sugerem que a Suíça rejeitou, em referendo, uma proposta para criar o maior salário mínimo do mundo, uma ideia que o governo e lideranças dos negócios criticaram como uma proposta que poderia levar os altos custos do país a patamares ainda mais elevados.
A TV suíça informou neste domingo (18), com base em contagem de votos não oficial, que 77% rejeitaram a proposta de criar um salário mínimo de 22 francos suíços – US$ 24,70 ou R$ 54,60 – por hora. Os resultados oficiais devem ser conhecidos até o fim do dia.
Segundo a TV, a proposta foi rejeitada em 24 dos 26 cantões [equivalente a Estados] do país, com votação ainda não concluída em Berna e Zurique. A proposta teria eclipsado os maiores salários mínimos do mundo, que vigoram em outros locais da Europa. Organizações sindicais apoiaram-na como uma maneira de combater a pobreza num país em que tem alguns dos preços mais altos e das cidades mais caras do mundo.
Pesquisas de opinião, entretanto, indicaram que muitos votantes estavam ao lado do governo e dos líderes de negócios, que argumentavam que a medida causaria perda de empregos e de competitividade da economia. Atualmente, a Suíça não tem salário mínimo, mas o salário médio por hora fica em 33 francos – US$ 37, ou R$ 81.
Ajustado pelos preços do país, a OCDE diz que a proposta de salário mínimo da Suíça teria representado cerca de US$ 14 (R$ 30,95) por hora baseado numa semana de 42 horas de trabalho. Os votantes também tiveram de decidir sobre três outras propostas. Uma era daria à Força Aérea da Suíça 22 novos jato Gripen, da Saab; outra imporia um impedimento, pelo resto da vida, de que pedófilos trabalhem com crianças; e a terceira era uma emenda à constituição para dar mais apoio a médicos de família em áreas rurais.
A TV suíça diz que apurações parciais dos votos mostram que os votantes estavam rejeitando, por margem apertada, o plano de gastar 3,1 bilhões de francos suíços (US$ 3,5 bilhões ou R$ 7,7 bilhões), mas aprovando por uma larga margem o banimento de pedófilos e o apoio extra aos médicos de família. O uso de referendos é algo comum na democracia da Suíça, que tem um governo central fraco e governos estaduais fortes. Acompanhe nossas atualizações pelo Facebook e Twitter.
Fonte: iG
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