MPF encontra novas provas e denuncia cinco militares reformados no caso Rubens Paiva.
O Ministério Público Federal (MPF) denunciou, nesta segunda-feira (19), cinco militares reformados do exército pelo homicídio e ocultação de cadáver do ex-deputado Rubens Paiva, durante a ditadura militar. Todos também vão responder por associação criminosa e três deles por fraude processual. De acordo com as investigações do MPF, a tortura e assassinato de Rubens Paiva ocorreram dentro do Destacamento de Operações de Informações (Doi). O ex-comandante do Doi general José Antônio Nogueira Belham e o ex-integrante do Centro de Informações do Exército no Rio (Cie) Rubens Paim Sampaio foram denunciados por homicídio triplamente qualificado. Segundo o MPF, eles podem pegar até 37 anos e seis meses de prisão.
O coronel reformado Raymundo Ronaldo Campos e os militares Jurandyr Ochsendorf e Souza e Jacy Ochsendorf e Souza são acusados de ocultação de cadáver, fraude processual e associação criminosa armada. Se somadas as penas previstas para os três crimes, os acusados podem pegar mais de 10 anos de prisão, segundo o MPF. O Ministério Público Federal ainda pediu na denúncia que os militares tenham suas aposentadorias cassadas e que os órgãos militares retirem medalhas e condecorações obtidas por eles ao longo de suas carreiras.
O MPF realizou a denúncia após obter novas provas na casa do coronel reformado Paulo Malhães, no dia 24 de abril. Ele morreu em casa neste dia, após sua residência ser assaltada por três homens. Um mês antes de falecer, Paulo Malhães, de 76 anos, revelou à Comissão da Verdade que o corpo do ex-deputado Rubens Paiva, morto em 1971 durante a ditadura militar, foi jogado em um rio de Itaipava, na Região Serrana do Rio. Ele falou também de outras pessoas torturadas na "Casa da Morte" que os agentes da repressão usavam, também na Região Serrana. Malhães coordenou o Centro de Informações do Exército no Rio (CIE), durante a ditadura militar.
Após mandado de busca e apreensão na casa do coronel reformado, o MPF apreendeu documentos na casa de Paulo Malhães que comprovavam a participação dos cinco militares denunciados nos crimes. Durante as investigações, o coronel Raymundo Ronaldo Campos também confessou que a "fuga" de Rubens Paiva foi uma "encenação cinematográfica". O Ministério Público Federal afirma que tem a confissão gravada. Acompanhe nossas atualizações pelo Facebook e Twitter.
Fonte: G1
Existe uma lei de anistia, e a comissão da verdade, que é na verdade o tribunal da guerrilha,está violando o tratado que permitiu ao Brasil ,a abertura política. Se estão processando os militares, a sociedade civil iráse mobilizar e exigir a punição dos terroristas,queremos cadeia para todos os bandidos marginais de ontem, que hoje estão no poder e roubam descaradamente a nação.
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