Íntegro para uns, mau juiz para outros, Barbosa dividiu opiniões.
Repercussão: Anúncio de aposentadoria de Joaquim Barbosa ganha destaque no portal de notícias da Globo (G1). "Íntegro para uns, mau juiz para outros, Barbosa dividiu opiniões".
Com a saída de Barbosa do comando do Supremo, o ministro Ricardo Lewandowski, atual vice-presidente do STF, vai assumir a presidência do tribunal.
Aécio Neves (MG), senador e pré-candidato do PSDB à Presidência. "Joaquim Barbosa é um homem que o Brasil aprendeu a respeitar. É um homem íntegro, honrado e que faz muito bem à Justiça brasileira."
Álvaro Dias (PSDB-PR), senador: "Soube que hoje alguns dos moradores da penitenciária da Papuda comemoraram a aposentadoria de Joaquim Barbosa. Certamente não é esse o comportamento dos brasileiros decentes que lamentam a anunciada ausência do ministro."
Eduardo Campos, ex-governador de PE e pré-candidato do PSB à Presidência: "Se ele sai [do Supremo] dizendo que está livre para participar [da política], é claro que qualquer partido, qualquer força política que tenha desejo de construir um país com ética, com valorização do serviço público e com a renovação do Judiciário, gostaria de ter a palavra e o testemunho do ministro Joaquim. [...] Ele é que vai dar o tom do que irá fazer depois de deixar de ser ministro do Supremo. Acho que precisamos esperar e deixar o Joaquim Barbosa à vontade, para que no ato da saída da Suprema Corte ele possa falar quais as intenções dele para o ano."
Henrique Alves (PMDB-RN), presidente da Câmara dos Deputados: "Ele [Barbosa] veio à Câmara de forma gentil e respeitosa nos comunicar que vai se aposentar como ministro do Supremo Tribunal Federal. Ele disse que logo agora, antes do recesso, irá (se aposentar) e comunicará ao país e ao Supremo sua aposentadoria."
Luis Roberto Barroso, ministro do STF: "Mesmo não concordando com todas as posições dele – eu concordo com muitas –, tenho admiração por ele e o quero bem."
Luiz Fernando Pacheco, advogado do ex-presidente do PT José Genoino: "O Supremo Tribunal Federal e a Justiça brasileira ganham com o fim da judicatura de um mau juiz, autoritário, parcial e populista."
Marco Aurélio Mello, ministro do STF: "Não sabíamos de nada. Pelo menos eu não tinha conhecimento de que ele deixaria o tribunal. Pega de surpresa o Supremo, pelo menos um dos integrantes, que sou eu. [...] Eu não concebo que alguém vire as costas para uma cadeira no Supremo espontaneamente."
Mendonça Filho (PE), líder do DEM na Câmara: "Ele fez história no Judiciário e na vida pública brasileira. Como qualquer ser humano, tinha suas características pessoais, defeitos e virtudes, mas foi um homem íntegro e de grande espírito público."
Pedro Simon (PMDB-RS), senador: "Pelo que ele é e pelo que representa, não sei nem onde, nem como, mas, em algum lugar, em algum exercício de alguma atividade, ele vai andar, ele vai brilhar, e tenho certeza de que nós ouviremos falar muito e com muito respeito do presidente do Supremo."
Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado: É um motivo surpreendente e triste [que trouxe Barbosa ao Senado]. O ministro veio se despedir. Ele estará deixando o Supremo Tribunal Federal. Ele falou que vai se aposentar agora, no próximo mês. Nós sentimos muito porque ele é uma das melhores referências do Brasil."
Rodrigo Janot, procurador-geral da República: "Fica aqui o protesto pela saída prematura e fica o agradecimento do Ministério Público brasileiro. No ver do Ministério Público, é incorreta a decisão de se ausentar desse honroso cargo. Gostaria de dizer que abre-se para mim agora uma janela do tempo. Retrocedo a 1º de outubro de 1984, quando eu, vossa excelência, ministro Gilmar [Mendes] e outros valorosos companheiros assumíamos o cargo de procurador. Todos cabeludos, sem cabelo branco e sem barriga. Jovens, idealistas."
Vicentinho (SP), líder do PT na Câmara: "A intenção de colocar [no STF] mulheres, negros, se possível indígena, gente que faz parte do extrato social do país, continuo defendendo a tese: não foi em vão. Mesmo tendo sido o Joaquim, e a gente ter tido divergência, não foi em vão. Nós não podemos desconsiderar isso."
Fonte: G1.
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