O blogueiro Rodrigo Grassi Cademartori foi detido pela Polícia do Senado nesta terça-feira, 6, após um bate-boca com o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP). O senador foi abordado pelo blogueiro para falar sobre a função das comissões parlamentares de inquérito (CPIs) e sobre a postura de seu partido, o PSDB, a respeito de investigações na Assembleia Legislativa de São Paulo.
Mas o parlamentar se irritou com uma pergunta de Grassi sobre o suposto envolvimento dele com desvio de verbas para a construção do metrô de São Paulo. “Um jovem me abordou a pretexto de fazer uma entrevista a respeito de CPIs. Eu parei para falar com ele e, no meio da entrevista, ele me fez uma ofensa muito grave. Eu então tentei segurá-lo para chamar a segurança e ele saiu correndo. Depois, quando eu estava saindo do Senado, ele voltou a me abordar e foi preso”, contou o senador.
Porém o blogueiro alega que apenas fez perguntas a Aloysio. O blogueiro divulgou um vídeo em sua página no Facebook com a discussão. “Eu fiz três perguntas e ele se irritou, começou a me xingar e me agredir. Como foi na saída do Senado, a Polícia veio e me prendeu. Me pegaram dentro do ônibus já, quando eu estava indo embora, com o intuito de me proibir de publicar o vídeo! Foi complicado mas consegui publicar! Ainda assim me ameaçaram e tentaram me coagir já dentro da delegacia do Senado, e o Diretor de Polícia chamado Pedro ordenou que eu apagasse o vídeo! Me neguei e como retaliação eles retiveram meu celular sem lacrá-lo para ‘periciá-lo’. Chegando em casa notei que já haviam tentado acessar e alterar senhas das minhas contas email a partir do dispositivo!” , contou.
Conhecido como Rodrigo Pilha, Grassi já foi assessor da deputada Erika Kokay (PT-DF) e foi exonerado depois de ter se envolvido em outro episódio com autoridades. Ele próprio divulgou um vídeo em que abordou o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, na saída de um bar em Brasília. Na oportunidade, Rodrigo chamou o ministro de “autoritário”, “tucano” e “projeto de ditador”. Ele também gritou palavras de ordem a favor do condenado na Ação Penal 470, o processo do mensalão, José Dirceu.
Na época, o senador Aloysio Nunes Ferreira foi à Câmara solicitar abertura de processo disciplinar contra o assessor de Erika Kokay, mas logo depois ele foi exonerado. Hoje, o senador disse que Rodrigo usava o crachá de funcionário da Câmara para circular livremente dentro do Congresso.
Da Agência Brasil
Ex-guerrilheiro, de codinome Mateus, que foi guarda-costas de Marighella (nunca fez marketing disso) Aloyisio é sangue quente e caiu no truque. O tal "blogueiro é aquele ex-assessor da Dep. Erica Kokay que tentou o mesmíssimo truque xingando Joaquim Barbosa na saída de um bar. O esquentado Joaquim, no entanto, não reagiu como o militante petista esperava para filmar. Aloysio participou de várias ações armadas na ALN junto com Marighella e seria bem capaz de cobrir o petista de porrada. Logicamente a armadilha visava queimar um possível candidato a vice-presidente, com um vídeo que, depois de editado, só mostra o Aloysio bravo. Quem quiser comparar as biografias dos envolvidos, é só dar uma olhada no perfil no Wikipedia do ex militante do PCB e guerrilheiro de verdade durante a ditadura. Aloysio Nunes, ao contrário de Dirceu, que faz um marketing danado sem nunca ter participado de uma ação armada, sempre enfrentou o perigo e tem uma história que poucos conhecem. Participou de assaltos ao trem pagador e a carros-fortes e foi a ligação da Aliança Libertadora Nacional com o exterior, tendo organizado o treinamento de guerrilheiros brasileiros na Argélia. Pelo menos em termos de coragem, o mequetrefe do militante petista, disfarçado de jornalista para criar uma armadilha e espalhar o vídeo na internet, não serve nem para engraxar as botas desse ex-guerrilheiro comunista, que hoje defende a democracia.
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