O corpo do dançarino
Douglas Rafael da Silva Pereira será enterrado nesta quinta-feira, às 15h, no
Cemitério São João Batista, em Botafogo,
Zona Sul do Rio de Janeiro. Amigos e parentes prestam homenagens no velório do
dançarino DG. Ele foi encontrado nos fundos de uma creche em uma favela
"pacificada".
Maria de Fátima da Silva passou a noite ao lado do corpo do filho. Muitos amigos foram se despedir do Douglas, que antes de ser
dançarino do programa Esquenta, na TV Globo, trabalhou como moto-taxista. Regina Casé e a equipe do programa
confirmaram presença no enterro do dançarino
DG. A apresentadora lamentou:
"Estou arrasada e toda a família Esquenta está devastada com essa notícia terrível. Uma tristeza imensa me provoca a morte do DG, um garoto alegre, esforçado, com vontade imensa de crescer".
A
mãe de Douglas disse que falaram que seu filho estava em churrasco quando começou o tiroteio na comunidade. Alguns tiros teriam atingido o transformador e apagou a luz, nesse momento, segundo dona Maria, o dançarino teria sido aconselhado a sair da comunidade por outro caminho, mas ele teria falado que não, afirmando que era um trabalhador, que era um dançarino, e que ele tinha o direito de ir e vir.
Ainda de acordo com a mãe de Douglas, ele saiu desse local quando o tiroteio começou, isso entre 1h30m e 2h. Testemunhas teriam vistos policiais militares na porta da creche Paulo de Tarso, e dois deles estariam com luvas cirúrgicas nas mãos. Por volta das 9 horas, alguns PMs teriam entrando na creche. O perito da Polícia Civil chegou ao local por volta das 11h. Ela afirma que uma pessoa assistiu toda tortura do Douglas: "Eu estou convencendo ela ir à delegacia comigo amanhã. Douglas apanhou até a morte. Um requinte de crueldade. Ele terminou de ser assassinado exatamente na creche", contou dona Maria em entrevista à 'Globo News'.
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O secretário de
Segurança do Estado do Rio de Janeiro,
José Mariano Beltrame, concedeu entrevista coletiva nesta quarta-feira, 23. Ele disse que está exigindo pressa na investigação para que possa apresentar uma resposta a sociedade.
"Dizer a população que nós vamos acompanhar essa investigação que está sendo feita pela 13ª junto com a DH. Nós iremos acompanhar com todo rigor, apresentar a sociedade com toda transparência, porque sem transparência não há legitimidade. Quero pressa nessa investigação, porque isso é fundamental para que nós continuemos esse trabalho," disse o secretário.
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