Injeção letal falha e condenado agoniza por mais de 30 minutos.

Autoridades penitenciárias do estado de Oklahoma informaram que a injeção letal aplicada em um condenado à morte falhou e o homem agonizou mais de 30 minutos antes de falecer. A execução aconteceu na noite desta terça-feira, dia 29.

O diretor da prisão ordenou a suspensão da execução de Clayton Lockett cerca de três minutos após a aplicação da injeção, às 18h23 local (20h23 Brasília), assim que percebeu o fracasso da execução. Antes de morrer o detento iniciou um estado de sofrimento, muito agitado, com o corpo trêmulo, levantando os ombros da mesa de execução, emitiu grunhidos e pronunciou palavras incompreensíveis, segundo a imprensa local, uma informação parcialmente confirmada por Jerry Massie, porta-voz do sistema penitenciária de Oklahoma. O condenado morreu de crise cardíaca "fulminante" às 19h06 (21h06), conforme informou a rede CNN.

De acordo com a reportagem, a desastrosa execução reacendeu o debate sobre a pena de morte nos EUA e sobre as substâncias usadas nas execuções. O diretor decidiu  adiar, por catorze dias, a execução de Charles Warner, prevista para as 20h00 (22h00). A governadora de Oklahoma, Mary Fallin, disse que pediu ao "departamento de Prisões uma revisão completa dos procedimentos de execução para determinar o que aconteceu".

Segundo a CNN, a veia do preso Lockett "explodiu" durante os procedimentos de sua execução, e isso levou as autoridades a interromper abruptamente o processo na tentativa de descobrir o que deu errado. Lockett agonizou e morreu 43 minutos após a primeira injeção, que deveria tê-lo feito dormir. A execução de Lockett cumpria um inédito protocolo de injeção letal, que nunca havia sido testado. O novo procedimento inclui três produtos: um sedativo, um anestésico e uma dose letal de cloreto de potássio.

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Clayton Lockett foi condenado à morte no ano 2000 pelo estupro e assassinato de uma jovem que havia sequestrado e enterrado viva. Charles Warner recebeu a pena capital em 1997 pelo estupro e assassinato da filha de 11 meses de sua companheira.

Com informações da revista Veja | Foto: AFP

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