Greve na Argentina afeta serviços públicos e voos para o Brasil.
"Este é um dia de luta da classe operária e desempregados"
O chefe de gabinete do governo argentino, Jorge Capitanich, disse que os organizadores da greve nacional pretendem “sitiar os grandes centros urbanos” com um grande piquete nacional e paralisação dos transportes. Ele reconheceu o direito à greve, mas considerou a estratégia usada antiquada. “Na Idade Média, os senhores feudais impediam o acesso da população. Não há lugar para a barbárie nem para medidas que conspirem contra o livre exercício do direito à greve dos trabalhadores”.
Segundo Capitanich, os piquetes restringem a liberdade dos trabalhadores que são contra a greve e querem assumir seus postos de trabalho. Ele também disse que “não têm o menor sentido” todos os pontos de reivindicação levantados pelas centrais sindicais opositoras, que protestam contra a inflação, a insegurança e os baixos salários no país.
Por conta dos bloqueios e paralisação do transporte público, a greve afeta o funcionamento de hospitais, escolas, bancos e vários setores da economia. Na greve geral de 2012 – a primeira desde que os Kirchner chegaram ao poder, em 2003 -, as companhias aéreas argentinas cancelaram voos ao Brasil e do Brasil à Argentina. Foi o maior protesto em dez anos e marcou o rompimento de parte do movimento sindical argentino com o governo.
Segundo a Infraero, por causa da greve, a maioria dos voos que iria de capitais brasileiras para Buenos Aires foram cancelados. A empresa aérea TAM, do grupo Latam Airlines, e a Gol tiveram que cancelar voos com destino à Argentina.
Fontes: Agências Brasile e Télam | Fotos Divulgação/Clarin.
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