Tuberculose representa "risco à segurança sanitária global", diz OMS.
Estima-se que aproximadamente 500 mil pessoas contraíram perigosas variações da "supertuberculose" em 2012, todavia menos de um quarto delas foi adequadamente diagnosticada, e as demais ficaram sob risco de morrer por causa da falta de tratamentos ou por receberem medicamentos inadequados, segundo informações divulgadas pela agência de notícias "Reuters".
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), um terço das cerca de 9 milhões de pessoas que contraem alguma forma de tuberculose (TB) por ano não recebe o tratamento necessário. A entidade diz que a doença representa um "risco à segurança sanitária global".
Ainda de acordo com informações da OMS, as deficiências no tratamento fazem com que a resistência aos medicamentos se espalhe pelo mundo em um ritmo alarmante, propiciando o surgimento de cepas incuráveis da bactéria da tuberculose. "Um diagnóstico mais precoce e mais rápido de todas as formas da TB é vital", disse Margaret Chan, diretora-geral da OMS, ao divulgar os novos dados, na quinta-feira. "Isso melhora as chances de as pessoas receberem o tratamento correto e serem curadas, e as ajuda a conter a difusão da doença resistente a drogas."
A dificuldade de diagnóstico contribui para essa situação. Em alguns países mais pobres há apenas um laboratório central, frequentemente com capacidade limitada para diagnosticar a MDR-TB. Em outros casos, as amostras para exames precisam ser enviadas a outros países. Os exames comuns podem levar mais de dois meses para revelar resultados, criando um perigoso intervalo em que o paciente deixa de receber o tratamento adequado e se expõe a contaminar outras pessoas. No ano passado, a Organização Mundial da Saúde propôs que a tuberculose resistente a múltiplas drogas (MDR-TB, pela sigla em inglês) fosse reconhecida como uma crise de saúde pública.
A OMS diz que até 2 milhões de pessoas podem ser infectadas pela MDR-TB até 2015.
Fonte: Reuters | Foto: Mycobacterium tuberculosis/Reprodução.
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