Saiba mais sobre o HPV.
Rio de Janeiro: Superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe, esclarece dúvidas sobre HPV que foram enviadas pelo público através das redes sociais do Governo do Estado.
A campanha completou 10 dias e ganhou reforço do PAM Cavalcanti.
Confira a entrevista:
A campanha completou 10 dias e ganhou reforço do PAM Cavalcanti.
Confira a entrevista:
O VÍRUS
1) O que é o HPV?
Alexandre Chieppe: É o Vírus do papiloma humano. Este vírus infecta células da pele e mucosas. Existem diversos tipos diferentes e alguns são capazes de infectar células do trato genital.
2) Como ocorre a transmissão do vírus?
AC: Por contato direto com pele e mucosa infectadas. Na grande maioria das vezes, a transmissão ocorre através da relação sexual sem proteção.
3) Como age o vírus?
AC: O vírus age nas células da pele e mucosas. Os sinais mais comuns são verrugas genitais ou condilomas acuminados, popularmente conhecidos como "crista de galo" ou “cavalo de crista”. Em alguns casos, a pessoa não percebe qualquer lesão aparente, mas as alterações causadas pelos vírus nas células podem estar ocorrendo e ocasionando alterações que, no futuro, podem evoluir para o câncer de colo de útero.
4) Qual é a incidência de infecção de HPV?
AC: Não existem dados precisos de prevalência do HPV no Brasil. Entretanto, estima-se que entre 25% e 50% da população feminina e 50% da população masculina mundial esteja infectada pelo HPV. Porém, a maioria das infecções é transitória, sendo controlada pelo sistema imunológico, regredindo espontaneamente.
5) O que é câncer de colo de útero?
AC: É um tumor que se desenvolve a partir de lesões celulares no colo de útero. Na grande maioria dos casos, o câncer de colo do útero está relacionado à infecção pelo HPV. É importante ressaltar que nem todas as mulheres com infecção pelo HPV desenvolverão a doença.
A VACINA
1) Quem tem direito a receber gratuitamente a vacina contra HPV?
AC: O alvo dessa vacinação na rede pública de saúde é meninas entre 11 e 13 anos. Em todo o estado, o objetivo é imunizar cerca de 400 mil adolescentes.
2) Qual critério estabelecido para definição do público alvo desta campanha? Há previsão de uma vacinação para outras faixas etárias nos próximos anos?
AC: O público-alvo foi definido levando-se em consideração estudos que avaliam a eficácia da vacina. Em 2015, serão vacinadas meninas entre 9 e 11 anos e, em 2016, meninas com 9 anos. Os homens, que não foram incluídos na campanha, estarão protegidos na medida em que as mulheres estiverem imunizadas.
3) A vacina é restrita apenas às mulheres que ainda não foram infectadas?
AC: Não. A vacina, na rede pública de saúde, é restrita à faixa etária preconizada pelo Ministério da Saúde, independente do início da vida sexual.
4) Qual é o período de proteção oferecido pela vacina?
AC: A duração da imunidade conferida pela vacina ainda não está completamente definida, pois o tempo de estudo até o momento é de 8 a 9 anos. Até este momento ela continua com a mesma eficácia.
5) O HPV é um vírus com diferentes subtipos. Quais estão englobados na proteção oferecida pela vacina?
AC: A vacina quadrivalente protege contra os subtipos 6,11,16 e 18.
6) Onde ocorre a vacinação?
AC: Nos postos de saúde e nas escolas, de acordo com cronograma definido pelas Secretarias Municipais de Saúde.
1) Além da vacinação, há outras formas de prevenção do HPV e do câncer do colo do útero?
AC: Usar preservativo em todas as relações sexuais ajuda a reduzir muito o risco de infecção pelo HPV. Além disto, a realização regular do exame Papanicolaou (preventivo de câncer de colo de útero) permite a detecção precoce das lesões causadas pelo HPV.
2) Como é feito o diagnóstico?
AC: Pode ser feito pelo histórico clínico e exame físico do paciente, auxiliado por métodos complementares, como o exame preventivo (Papanicolaou), colposcopia e por técnicas de biologia molecular.
3) Meninos e meninas em faixa etária diferente do foco da campanha podem ser vacinados pela rede particular?
AC: Sim. As vacinas estão disponíveis em clínicas de vacinações particulares.
Fonte: SES/RJ - Foto: Divulgação de Internet
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