Novos recalls da GM podem afetar quase 2 milhões de veículos.

A presidente-executiva da General Motors, Mary Barra, anunciou nesta segunda-feira (17) que a montadora mudará a maneira de lidar com recalls. O pronunciamento ocorre em meio a denúncias de que a empresa já sabia há anos sobre um defeito na ignição que provocou o chamado de 1,3 milhão de veículos no mês passado, nos Estados Unidos. Doze mortes estariam ligadas à falha.

"Algo deu errado em nosso processo nesse estágio, e coisas terríveis aconteceram", disse Barra a funcionários por meio de um vídeo na internet. A presidente já tinha pedido desculpas pelo fracasso da GM em identificar mais cedo as chaves de ignição defeituosas e prometeu revisar o processo e colocar os clientes em primeiro lugar.


O megarrecall da companhia nos EUA resultou numa investigação criminal e civil, um inquérito interno da GM e preparação para audiências no Congresso. Todos se perguntam porque a empresa demorou tanto para reconhecer o problema, que veio à tona pela primeira vez em 2001. Na semana passada, o jornal "The New York Times" publicou que o número de mortes relacionadas ao problema, carro desligado repentinamente, podem chegar a 303.

A executiva também anunciou nesta segunda 3 novos recalls, que afetam quase 2 milhões de veículos, como um exemplo da mudança na postura da GM. Os defeitos que motivaram esses 3 chamados são diferentes dos que levaram ao megarrecall. Um deles envolve 1,8 milhão de unidades do Buick Enclave e do GMC Arcadis feitas de 2008 a 2013, modelos de 2009 a 2013 do Chevrolet Traverse e os Saturn Outlook fabricados entre 2008 e 2010. Neles, será necessário fazer a troca de conectores de fiação dos airbags laterais. Outro chamado é para 303 mil unidades do Chevrolet Express e do GMC Savana fabricadas entre 2009 e 2014, por conta de problemas no painel do passageiro, que não atende às especificações de segurança.

Além disso, 639 mil sedãs Cadillac XTS de 2013 e 2014 serão recolhidos por defeitos no freio que podem causar até incêndio no motor. De acordo com o comunicado, as concessionárias estão instruídas a congelar a venda desses modelos até que a solução de cada problema seja adotada. Os reparos nos veículos já adquiridos serão realizados sem custo ao consumidor.

"A divulgação de hoje mostra o foco que estamos colocando sobre a segurança e a paz interna de nossos clientes. Revisamos intensamente nossos processos internos e teremos mais o que divulgar daqui para frente", informou Mary Barra. O recalls deste ano representarão um custo não recorrente de US$ 300 milhões ao balanço da GM no primeiro trimestre.

Fonte: Auto Esporte

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