Estudo comprova ineficácia de xaropes e remédios para resfriado.
Estudo internacional questiona eficácia de remédios para tosse e resfriado em crianças. O estudo concluiu que os xaropes não funcionam para crianças pequenas, noticiou o "Bom Dia Brasil", nesta sexta-feira, 21.
Segundo o estudo, os remédios não têm efeito nenhum e a criança ainda pode sofrer com os efeitos colaterais. O estudo revisou mais de 50 trabalhos médicos sobre o tema, e os pediatras confirmam os resultados.
D. Maria de Lourdes de Farias, mãe de Jhony, de 3 anos, disse em entrevista ao Bom Dia Brasil que já comprou remédio caro que não deu resultado: “Às vezes a gente vem do médico, eles passam certo tipo de remédio que a gente paga um absurdo e não dá resultado”.
O estudo comprovou que há xaropes para tosse e remédios para resfriado que não fazem efeito algum nas crianças. São remédios que combinam analgésicos, descongestionantes e antialérgicos, e provocam efeitos colaterais como dor de cabeça, tontura e sonolência. Já entre os adultos e crianças com mais de 6 anos o estudo apontou que houve melhora entre e 20% e 30% dos sintomas do resfriado. No caso do xarope, a conclusão é que não cura a tosse de ninguém.
A coordenadora do estudo, Dra. Edina Mariko Koga da Silva, esclareceu ao Bom Dia Brasil que não há medicamento que cure resfriado.“O resfriado é causado por vírus. Nenhum desses medicamentos vai matar o vírus. Ele só vai combater o sintoma. Então como a doença é muito prevalente e todo mundo procura uma medicação, a indústria vai atrás da medicação para tentar satisfazer esse mercado”, explicou.
A Sociedade Brasileira de Pediatria diz que esses remédios têm eficácia limitada e não devem ser utilizados, uma vez que os efeitos colaterais podem superar os pequenos benefícios.
O Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no estado de São Paulo informou que todos os medicamentos disponíveis no mercado brasileiro foram aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, com base em pesquisas clínicas que atestaram a eficácia, a qualidade e a segurança desses produtos.
A Anvisa informou que não teve acesso aos dados completos do estudo mas adiantou que os medicamentos em questão já sofreram alterações de fórmulas nos últimos anos depois de novas evidências científicas.
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