Cauã Reymond dá vida ao personagem "Playboy" no filme "Alemão".
"Estava querendo me desafiar como ator, queria mesmo era fazer o mauzinho. Nem, da Rocinha, me inspirou muito, porque ele entrou no tráfico porque não tinha dinheiro para cuidar do filho doente — conta o ator, que em seu laboratório passeou pelas comunidades do Alemão e do Vidigal: — Numa das visitas, encontrei Adriano (o jogador de futebol) jogando cartas num bar. Conversei com gente que já esteve no tráfico, ouvi o ponto de vista dos policiais. Escutei muito (funk) proibidão".
A história de “Alemão” começa quando vaza a identidade de um grupo de policiais infiltrados no Complexo do Alemão, instalados no local para uma missão de inteligência e captura de informações: Samuel (Caio Blat), Danielo (Gabriel Braga Nunes), Carlinhos (Marcello Melo Jr.), Branco (Milhem Cortaz) e Doca (Otávio Müller). A informação chega aos ouvidos do bandidão Playboy (Cauã Reymond), chefe do tráfico na comunidade, e isso dá início a um jogo de gato e rato pelas vielas da favela.
Enquanto cada um dos agentes tenta salvar a própria pele, a desconfiança de que alguém do grupo possa ter deixado escapar a informação aumenta a tensão entre eles. Pesa contra Carlinhos o fato de ele namorar a irmã de Senegal (Jefferson Brasil), braço direito de Playboy. Cercados, diante do toque de recolher imposto pelo traficante, sem possibilidade de comunicação com o exterior e reunidos num ponto vulnerável, eles começam a ter dúvidas se conseguirão ser resgatados. A luta pela sobrevivência passa a ser prioridade número um. Paralelamente a isso, o delegado Valadares (Antonio Fagundes) fica de mãos atadas ao tentar obter informações sobre os agentes e precisa usar todas as cartas na manga para conseguir salvá-los.
Embora filmado na favela, boa parte do filme se passa num cenário único, o que dá à narrativa um tom bastante claustrofóbico. Mas isso não significa que o longa não tenha ação: o confronto final eleva ainda mais o nível de adrenalina.
Fonte: J. Extra - Foto: Divulgação.
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