Altas temperaturas estão ajudando a espalhar a malária, mostra estudo.
Um estudo de cientistas da Universidade norte-americana de Michigan mostra que as pessoas que vivem em regiões mais altas na África e na América do Sul correm risco de contrair malária. A informação foi divulgada nesta sexta-feira pela BBC.
Segundo a pesquisa, as altas temperaturas estão ajudando a espalhar a malária para zonas mais montanhosas, que, de resto, consideram, têm sido um "refúgio tradicional" da doença. "O risco da doença diminui com a altitude e é por isso que, historicamente, as pessoas se instalaram nessas regiões mais altas", disse o pesquisador da Universidade de Michigan, Mercedes Pascual, citado pela BBC.
Para investigar esta mudança, os cientistas analisaram áreas muito populosas em regiões altas da Colômbia e da Etiópia, onde existem registros detalhados de temperaturas e casos de malária desde a década de 1990 até 2005. A equipe também acredita que, pelo fato de estas pessoas nunca terem sido expostas à malária, elas estão particularmente vulneráveis à doença.
E as tentativas de conter a expansão da doença devem se concentrar nas áreas que são limítrofes, entre as regiões mais baixas e as mais altas. É mais fácil controlar a doença em altitudes menores, onde ela já se estabeleceu. Segundo as últimas estimativas da Organização Mundial de Saúde, foram registrados em 2012 cerca de 207 milhões de casos de malária e estima-se que 627 mil mortes. A maioria desses óbitos ocorreu entre crianças vivendo na África. As informações são da BBC, a reportagem na íntegra pode ser lida (aqui).
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