Investigação sobre Petrobras gera polêmica e adia votações.

Política: Na sessão ordinária desta terça-feira, 25, alguns partidos da base governista se uniram à oposição em apoio a um requerimento para criar uma comissão externa para investigar denúncias contra a Petrobras. O movimento dos descontentes é liderado pelo PMDB e conta com apoio de PP, Pros, PDT, PR, PTB, PSC e outros governistas.


Apesar de estar em minoria contra o requerimento, o governo lançou mão de manobras de obstrução e conseguiu evitar a votação da proposta durante a sessão ordinária do Plenário. Coube ao presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, a decisão de adiar a votação do requerimento para quarta-feira (26). “Vou cumprir a pauta combinada com os líderes, a pauta previamente anunciada, sem paixão ou interesse menor”, disse o presidente.

O adiamento foi criticado pelo líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ), que declarou obstrução e disse que não se votaria nada na Câmara enquanto o requerimento de criação da comissão sobre a Petrobras não for analisado. Ele pediu aos colegas que não marcassem presença, o que acabou levando ao encerramento da sessão desta terça-feira por falta de quórum. O tema vai voltar à pauta nesta quarta-feira, em sessão extraordinária marcada para as 11 horas.

Criação de CPI -  A oposição acredita que a comissão externa será o primeiro passo, sem descartar a criação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI). "Essa comissão dará o primeiro passo", disse o líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE).

Mendonça lembrou que a Petrobras tem perdido valor de mercado e gerado perdas aos acionistas. 

O líder do SDD, deputado Fernando Francischini (PR), já está coletando assinaturas para uma CPI Mista. É necessário o apoio de 171 deputados e 14 senadores.

(*) Com informações da 'Agência Câmara Notícias'.

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