Banco HSBC é condenado em R$ 67,5 mi por espionar funcionários em licença médica.
Ao ser contatado pelo UOL, o HSBC informou, por meio de sua assessoria de comunicação, que não comentará o caso. A acusação, feita pelo Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Curitiba e Região, conseguiu provar que a instituição contratou uma empresa de investigação para obter dados pessoais de trabalhadores afastados. Investigadores disfarçados de carteiro e entregador de flores que invadiam as residências, filmavam o interior das casas e vasculhavam o lixo.
O objetivo, segundo o sindicato, era comprovar fraudes no afastamento por doença. O caso foi revelado em 2012, quando o Sindicato dos Bancários de Curitiba, sede nacional do HSBC, recebeu um dossiê anônimo contendo as informações coletadas pela empresa CIE (Centro de Inteligência Empresarial).
O sindicato desconhece que algum funcionário tenha sido legalmente denunciado ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) por suposta fraude no benefício. Há casos, porém, em que colaboradores teriam passado a sofrer represálias ao voltar às atividades ou teriam sido demitidos poucos meses após o fim da licença.
"Temos a suspeita de que o banco tentava interferir de alguma forma na concessão dos benefícios. Mas isso precisaria de mais investigação", afirma o assessor jurídico do Sindicato, Nasser Ahmad Allan.
Segundo ele, as provas não poderiam ser utilizadas legalmente porque invadem a privacidade dos funcionários. Em ação paralela, cuja decisão foi proferida em outubro do ano passado, o HSBC havia sido condenado pelo Tribunal Superior do Trabalho a pagar R$ 500 mil por não emitir Comunicação de Acidente do Trabalho e dispensar empregados diagnosticados ou com suspeita de Ler/Dort (Lesão por Esforço Repetitivo/Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho).
(*) Fonte: Uol
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