Governo diz que deve assentar até 35 mil famílias em 2014
Integrantes dos sem-terra chegaram a Brasília no início da semana para comemorar os 30 anos do movimento. Na marcha desta quarta na Esplanada dos Ministérios, houve confronto com a polícia. A manifestação terminou com 32 feridos, dos quais 30 policiais, segundo a PM do Distrito Federal. Apesar do anúncio do ministro, os sem-terra cobram agilidade na reforma agrária e pedem assentamento de 100 mil famílias até o fim do ano. Após a reunião da presidente com o MST, que durou cerca de uma hora, Pepe Vargas disse que seria "irresponsabilidade" prometer assentamento para as 100 mil famílias como pede o MST.
"Sobre metas numéricas, a gente tem tido toda a responsabilidade de dizer aquilo que é a capacidade operacional que o Incra [Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária] tem", afirmou.
"Nós avaliamos que dá para chegar neste ano a 30 [mil], 35 mil famílias e, se tivermos sucesso na identificação de lotes em perímetros irrigados, esse número poderá ser maior", declarou Pepe Vargas.
De acordo com o ministro, há um cuidado por parte do governo para evitar que os assentamentos sejam feitos sem qualidade. “Nós queremos quantidade com qualidade”, disse. “É óbvio que eles [integrantes do MST] apresentaram um monte de reivindicações e, de forma correta e não demagógica, não vamos dar resposta fácil para contentar só naquele momento", disse Vargas.
Governo e MST têm números diferentes sobre a quantidade de famílias assentadas nos últimos anos. O ministro afirmou que foram assentadas 75 mil famílias no governo Dilma. O MST reconhece 39 mil. Uma das justificativas apresentadas por Pepe Vargas para o ritmo lento da reforma agrária é a quantidade de processos de desapropriação represados no Judiciário, aguardando liberação. Se todos fossem concluídos, disse, o Incra teria condições de assentar em 18 mil e 20 mil famílias.
(*) Fonte: G1
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