Imagens mostram jovem sendo perseguido por policiais antes de ser baleado em SP.

Vídeo divulgado pelo Fantástico na noite deste domingo (26) mostrou o momento em que um manifestante foi baleado por policiais militares durante o protesto contra a Copa do Mundo no sábado, em São Paulo. Fabrício Proteus Nunes Fonseca Mendonça Chaves, de 22 anos, foi atingido por dois tiros em Higienópolis. 

Imagens de uma câmera de segurança mostram a ação. De acordo com a PM, ele foi atingido após tentar atingir um policial na Rua Sabará, na altura no número 100.

Nas imagens é possível ver Chaves sendo perseguido por dois policiais. O jovem para de correr, se vira em direção a um dos PMs, e ele cai. Chaves vai em direção ao PM, que está no chão. O policial que está ao lado saca a arma. Um terceiro policial chega. Não é possível saber exatamente o momento dos disparos, nem é dá para ver se o jovem tem um estilete na mão. Mesmo baleado, Chaves se levanta e continua andando, até cair mais à frente.

Contrariando uma determinação da Secretaria de Segurança de São Paulo, que proíbe que policiais socorram suspeitos baleados, os PMs não esperam ambulância e levam Chaves para o hospital. Ele continua internado. A PM relatou que o ferido foi socorrido pelos próprios PMs, antes da chegada do Samu, por causa da gravidade dos ferimentos.

A Corregedoria da Polícia Militar afirmou que vai investigar os três policiais que participaram da abordagem. Mas o comandante da área metropolitana, o coronel Celso Pinheiro, viu as imagens e falou sobre o caso. "As primeiras imagens a que tivemos acesso nos dão conta que os policiais agiram em legítima defesa, porém gostaria de deixar claro que, se houve excesso, a Polícia Militar não compactua com tal tipo de conduta e que efetivamente elas (sic) serão apuradas, se necessário, com o devido rigor."

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), Chaves e um outro manifestante foram identificados como adeptos da tática "black bloc" e agiram mascarados durante protesto.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, se mostrou favorável às manifestações e contrário aos atos violentos. “Nós defensores da liberdade nos temos que garantir o direito de reivindicação, de mobilização, de organização. Mas nós temos que saber que a violência e a intolerância colocam em risco a liberdade duramente conquistada pelo povo brasileiro”, disse.

(*) Fonte: G1

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