A Nintendo não deverá fazer mudanças radicais em sua gestão, como lançar jogos para dispositivos que não sejam os seus, apesar do fracasso nas vendas do videogame Wii U e da queda no valor de suas ações, afirmou o presidente-executivo da companhia, Satoru Iwata.
Motivado pelo mal desempenho do Wii U, a Nintendo alertou na sexta-feira (17) que espera seu terceiro ano consecutivo de prejuízos após ter previsto inicialmente um lucro de 100 bilhões de ienes (US$ 960 milhões) para o ano fiscal que termina em março de 2014. Por conta do resultado ruim, a previsão de vendas do Wii U foi reduzida em 70%.
A Nintendo considera elaborar uma estratégia para entrar no mercado de games para smartphones e tablets após registrar o terceiro ano consecutivo com perdas. No ano que passou, a empresa teve um prejuízo equivalente a US$240 milhões e reduziu as expectativas de vendas do Wii U de 9 milhões para apenas 2,8 milhões.
“Estamos pensando em uma nova estrutura de negócios”, afirmou o presidente da companhia, Satoru Iwata, durante uma coletiva de imprensa em Osaka, no Japão. “Dada a expansão dos dispositivos móveis, estamos naturalmente estudando como eles podem ser usados para aumentar o negócio dos games.”
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A Nintendo não deve, porém, simplesmente adaptar seus jogos conhecidos para plataformas móveis, mas sim pensar em algo diferente. “Não é algo simples, como se fosse só fazer com que Mario possa se mover em um smartphone”, disse Iwata.
O
presidente da Nintendo of America,
Reggie Fils-Aime já havia admitido a possibilidade, apesar de enfatizar que os
games da Nintendo são feitos para serem jogados nos
videogames. No entanto, o executivo não descarta usar os
smartphones e tablets como ferramentas para oferecer conteúdo adicional.
Desde o Wii, a Nintendo vem focando mais em jogadores casuais que, agora, estão jogando em seus smartphones e tablets ao invés de comprarem videogames. Enquanto isso, os chamados jogadores hardcore preferem aparelhos mais poderosos, como o Xbox One e o PlayStation 4. Caso a Nintendo queira continuar atraente para os gamers menos exigentes, é praticamente inevitável que ela precisa pensar em uma forma de aproveitar a enorme popularidade dos dispositivos móveis.
(*) Fonte: G1/ tudocelular
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