Eventual retorno de Garotinho ao governo seria a maior surpresa da política do Rio.
O deputado federal Anthony Garotinho (PR) não esconde de ninguém que pretende retomar o governo do Estado do Rio de Janeiro. Em seu blog, Garotinho disse: "eleição não se ganha de véspera, mas as pesquisas sérias sinalizam a minha liderança. Quem diria! Lula e Cabral juntaram-se para me destruir e agora consideram que eu sou o principal adversário. Nada como o tempo para mostrar a verdade".
O Datafolha mostrou que no cenário com quatro concorrentes mais parrudos, Garotinho ostenta 21% de intenção de votos, contra 15% do senador Lindbergh Farias (PT) e do ministro Marcelo Crivella (PRB), 11% do vereador Cesar Maia (DEM) e 5% do vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB). A margem de erro é de três pontos para mais e para menos.
Mas há quem diga que as chances de Garotinho se eleger novamente como governador do Rio de Janeiro são reduzidíssimas. Segundo o jornalista Mário Magalhães, que assina um blog no portal de notícias UOL, ao contrário do que sugere sua expressiva e incontestável liderança na pesquisa Datafolha do finzinho de novembro, graças à atuação na Câmara e à presença no rádio, Garotinho recuperou alguma influência. Mas nada que pareça capaz de reverter a convicção da maioria dos eleitores de que, com ele e Rosinha, o Estado regressaria à balbúrdia de 2006.
O jornalista expõe dois motivos para o sucesso do ex-governador no Datafolha. Mário fala sobre os mandatos de Garotinho e sua mulher, Rosinha Garotinho, atual prefeita de Campos dos Goytacazes, no Palácio Guanabara (1999 - 2007). Na época, Garotinho e Rosinha desenvolveram ações sociais que ajudaram cidadãos mais pobres, como o projeto dos restaurantes populares, em funcionamento ainda hoje. Por R$ 1, se come (ou se comia) comida honesta. Para quem tem mesa farta todo dia, talvez a iniciativa mereça o rótulo de “populista”. Quem depende de programas dessa natureza para comer ou comer melhor não esquece a autoria. Segundo o Datafolha, no interior, Garotinho bate em 29%. Na capital, despenca para 13%.
Mas se Garotinho lidera as pesquisas, de onde saiu essa ideia? Bom, de acordo com o jornalista, Garotinho só se elegeria em um cenário muito pouco provável, como um confronto de segundo turno com Pezão, apadrinhado pelo desgastado governador Sérgio Cabral?Guimarães diz que a rejeição ao atual deputado é imensa, como demonstrarão futuras sondagens que incluam esse item em seus questionários. Ela decorre sobretudo da reta final do governo Rosinha, em que o caos tomou o Estado. É verdade que o casal elegeu seu candidato em 2006, mas Sérgio Cabral só vingou ao descolar sua imagem da dos aliados em baixa. "Todo analista minimamente familiarizado com a política do Rio conhece essa realidade. Por isso, nas infindas tratativas de PMDB, PT e PRB sobre a sucessão no Estado, Garotinho virou um espantalho. Ninguém acredita que ele tenha vigor para triunfar, mas seu nome é evocado como espectro: Olha aí, se a gente não se acertar, o Garotinho vai voltar…".
Mas se Garotinho lidera as pesquisas, de onde saiu essa ideia? Bom, de acordo com o jornalista, Garotinho só se elegeria em um cenário muito pouco provável, como um confronto de segundo turno com Pezão, apadrinhado pelo desgastado governador Sérgio Cabral?Guimarães diz que a rejeição ao atual deputado é imensa, como demonstrarão futuras sondagens que incluam esse item em seus questionários. Ela decorre sobretudo da reta final do governo Rosinha, em que o caos tomou o Estado. É verdade que o casal elegeu seu candidato em 2006, mas Sérgio Cabral só vingou ao descolar sua imagem da dos aliados em baixa. "Todo analista minimamente familiarizado com a política do Rio conhece essa realidade. Por isso, nas infindas tratativas de PMDB, PT e PRB sobre a sucessão no Estado, Garotinho virou um espantalho. Ninguém acredita que ele tenha vigor para triunfar, mas seu nome é evocado como espectro: Olha aí, se a gente não se acertar, o Garotinho vai voltar…".
É possível que Garotinho abra mão de novo mandato de deputado, a fim de formar uma bancada mais numerosa, em torno de uma campanha sua a governador (pode dar errado, pois não haveria um puxador de votos à Câmara tão forte quanto ele). Também poderia tentar o Senado, em acordo com Crivella, Lindbergh ou Cesar para ele, Pezão é o inimigo a ser batido. O resultado no Datafolha vitamina suas condições para negociar. "Mas é só. Eventual retorno de Garotinho ao governo estadual seria a maior surpresa da política do Rio de Janeiro em muito tempo". - Com informações do Blog de Mário Guimarães, do UOL.
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