Rev. Augustus Nicodemus: “há muito show – mas pouco ensino bíblico".
O reverendo Augustus Nicodemus Lopes, professor de exegese bíblica Centro Presbiteriano de Pós Graduação Andrew Jumper, postou nesta semana um texto nas redes sociais afirmando que não considera que exista um avivamento no Brasil. Ele inicia esclarecendo sobre esse conceito: “O termo ‘avivamento’ tem sido usado para designar cruzadas de evangelização, campanhas de santidade, reuniões onde se realizam curas e expulsões de demônios, ou pregações fervorosas. Mais recentemente, após o neopentecostalismo, avivamento é sinônimo de louvorzão, dançar no Espírito, ministração de louvor, show gospel, cair no Espírito, etc”.
Em seguida, o líder presbiteriano dá seis razões que justificam sua fala. A primeira delas é a falta de alterações significativas na ética, usos e costumes, que deveriam levar a sociedade para o bem. Nicodemus Lopes considera que o grande aumento no número de evangélicos não é acompanhado das transformações necessárias.
Depois ele trabalha com o excesso artístico: “Há muito show, muita música, muito louvor – mas pouco ensino bíblico [...] Nunca houve tantos animadores de auditório e tão poucos pregadores da palavra de Deus [...] A venda de CDs e DVDs com shows gospel cresce em proporção geométrica no Brasil e ultrapassa em muito a venda de Bíblias”.
E o professor continua apresentando o terceiro argumento: “Há muitos suspiros, gemidos, sussurros, lágrimas, olhos fechados e mãos levantadas ao alto, mas pouco arrependimento, quebrantamento, convicção de pecado, mudança de vida e santidade”.
Apontando a necessidade de incrementar a consciência dos cristãos, Nicodemus prossegue: “Um avivamento promove a união dos verdadeiros crentes em torno dos pontos centrais do Evangelho. Historicamente, durante os avivamentos, diferenças foram esquecidas, brigas antigas foram postas de lado, mágoas passadas foram perdoadas. A consciência da presença de Deus era tão grande que os crentes se uniram para pregar a Palavra aos pecadores, distribuir Bíblias, socorrer os necessitados e enviar missionários”.
Então, apresenta a quinta justificativa: “Um avivamento dissipa o nevoeiro moral cinzento em que vivem os cristãos e que lhes impede de ver com clareza o certo e o errado, e a distinguir um do outro. [...] A diferença entre a Igreja e o mundo se torna visível”. E finaliza: “avivamento espiritual desperta os corações dos crentes e os enche de amor pelos perdidos”.
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Ao longo da exposição, ele exemplifica suas afirmativas com exemplos de momentos de verdadeiros avivamentos. Por exemplo, na época do apartheid na década de 1960 na África do Sul, Lopes lembra da união de “diferentes tribos negras de mãos dadas com os brancos, em culto e adoração ao Senhor que os havia resgatado”.
Ao longo da exposição, ele exemplifica suas afirmativas com exemplos de momentos de verdadeiros avivamentos. Por exemplo, na época do apartheid na década de 1960 na África do Sul, Lopes lembra da união de “diferentes tribos negras de mãos dadas com os brancos, em culto e adoração ao Senhor que os havia resgatado”.
E reflete: “Quando Deus começa a agir, o diabo se levanta com todas as suas forças. Avivamentos são sempre misturados. Há uma mescla de verdade e erro, de emoções genuínas e falsas, de conversões verdadeiras e de imitações, experiências reais com Deus e mero emocionalismo. Em alguns casos, houve rachas, divisões e brigas”.
O texto já foi compartilhado por mais de 1,9 mil pessoas, segundo dados coletados nesta quinta-feira (12). No Facebook, Augustus Nicodemus Lopes tem mais de 57 mil seguidores.
Fonte: The Christian Post - Foto: Facebook/Augustus Nicodemus Lopes
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