Prominp terá novo formato de seleção para cursos de capacitação.
O coordenador executivo do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), Paulo Alonso, afirmou que "melhorar a qualificação profissional dos trabalhadores do setor é um dos objetivos do Prominp", durante o Fórum Estadão Brasil Competitivo "Educação e mão de obra para o crescimento", realizado nesta terça-feira, 19, em São Paulo.
O executivo integrou a série de debates sobre a formação de mão de obra para o novo Brasil, com a apresentação "Desafios na qualificação de pessoas para a Indústria de petróleo & gás". O coordenador destacou que, desde 2007, o Prominp capacitou, em 17 estados, mais de 97 mil profissionais para a indústria de P&G. "Foram 185 categorias profissionais de nível básico, médio, técnico e superior".
Mudanças - Um diagnóstico dos seis ciclos do Programa mostrou que os candidatos desconheciam as profissões deste setor, os perfis dos candidatos não eram avaliados o que gerava evasão para outros setores e a seleção era realizada muito antes da execução do curso, o que provocava desistências. "Com base nesses dados, o Prominp passou por uma reformulação e agora o recrutamento de candidatos será conduzido diretamente pelas empresas, com estreito acompanhamento da Petrobras, de acordo com a demanda de profissionais", explicou Alonso.
O executivo falou sobre a necessidade de capacitação dentro de cada setor da indústria de petróleo e gás. "Serão cerca de 17 mil técnicos a serem qualificados até 2015. Destes, 35% serão aproveitados nos projetos da área de Abastecimento, 10% em projetos de Gás e Energia, 23% em Exploração e Produção (operação e manutenção) e 32% em Exploração e Produção (construção e montagem)". Alonso enfatizou que este mercado é muito exigente e que as profissões de soldadores, instrumentistas, eletricistas, caldeireiro, inspetores de solda, pedreiros, pintor industrial, plataformista são as mais demandadas pelo segmento.
Paulo Alonso frisou que entre os desafios do setor estão disponibilizar pessoas com formação educacional básica e aptas a acompanhar o curso de qualificação profissional, aumentar a atratividade para formação de equipe de docentes, incrementar infraestrutura educacional para cursos avançados e de alta especialização, aumentar a integração entre entidades de ensino e as empresas e elevar o comprometimento das empresas na qualificação e contratação dos alunos.
O painel foi moderado pelo editor de economia do Portal Estadão, Cley Scholz, e contou com a participação do diretor de Educação e Tecnologia da CNI, diretor geral do SENAI e diretor superintendente do SESI, Rafael Lucchesi, e do presidente da DPaschoal e da Fundação Educar DPaschoal, Luis Norberto Pascoal. (*) Agência Petrobras.