Ameaça de asteroides é maior do que se imaginava, mostra estudo.
Um artigo científico inédito publicado pela revista Nature alerta que a possibilidade de asteroides colidirem com a Terra, como ocorreu na cidade russa de Chelyabinsk em fevereiro deste ano, é muito maior do que se pensava.
Pesquisadores estudaram dados recolhidos por sensores infravermelhos posicionados ao redor do planeta e administrados pelo governo dos Estados Unidos, e descobriram que 60 asteroides de até 20 metros de diâmetro atingiram a atmosfera terrestre durante duas décadas. Os cientistas concluíram que asteroides como o de Chelyabinsk, que tinha aproximadamente 19 metros de largura, podem atingir o planeta a cada 20 ou mesmo 10 anos, em comparação com a estimativa anterior de uma vez a cada século.
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O renomado professor Peter Brown, da Universidade de Western Ontario, no Canadá, disse em entrevista à 'BBC' que seria de extrema importância criar um sistema de alerta que varresse os céus continuamente à procura de corpos espaciais potencialmente perigosos para a vida na Terra.
A Rússia e os Estados Unidos assinaram um acordo em setembro listando diversas áreas de cooperação potencial em energia nuclear e segurança. O Departamento de Energia norte-americano, posteriormente, observou que "a defesa contra asteroides" era uma dessas áreas. Em dezembro, a Assembleia Geral das Nações Unidas deverá estabelecer uma Rede Internacional de Alerta de Asteroides para que os países possam compartilhar informações e dados astronômicos relevantes para a missão.
Segundo o "Diário da Rússia", além da possibilidade de ser criado uma Rede Internacional de Alerta de Asteroides, há expectativa que as agências espaciais do mundo consigam formar um grupo de consultoria e explorar novas tecnologias capazes de desviar asteroides. (Momento Verdadeiro/Com Agências).