Vereadores aprovam mudanças no IPTU em São Paulo.

Política - Na noite desta terça-feira, dia 29 de outubro, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou, em 2ª votação, o projeto que revisa a Planta Genérica de Valores (PGV) e provocará o aumento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) em 2014. O projeto segue, agora, para sanção do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT). Foram 29 votos a favor e 26 contra.
O texto aprovado prevê reajuste em 2014 limitado até, no máximo, 20% para imóveis residenciais e 35% para imóveis comerciais. A proposta original da Prefeitura previa instituir uma trava de 30% e 45%, respectivamente. Ainda segundo o projeto, em 2015 e em 2016 imóveis que já não tiverem recebido todo o reajuste no ano anterior poderão ter, em cada exercício, aumentos residuais de 10% para residências e de 15% para comércios.
A votação deveria ocorrer nesta quarta-feira (30), mas acabou antecipada pelos vereadores para evitar protestos marcados para a data. Para garantir a aprovação, o secretário do Verde e do Meio Ambiente, Ricardo Teixeira (PV), se licenciou temporariamente para assumir a vaga de titular com objetivo específico de garantir o placar favorável ao governo. Ele assumiu o lugar do suplente Abo Anni, que na semana passada aprovou o projeto em primeira votação, mas disse ser contra a proposta.

Segundo informações do portal G1, nos bastidores da Câmara, só se falava nesta terça-feira em negociação de cargos. Alguns vereadores de oposição confirmam que as subprefeituras e secretarias de governo são a moeda de troca pelos votos. “Um vereador que não quer votar a favor ele é conversado para ter algumas facilidades no governo, entre elas indicar cargos”, disse Gilberto Natalini (PV).

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A notícia da negociação teria motivado o PSD a votar contra o projeto. “Isso aí realmente foi uma situação decisiva para nós. Não podemos jamais trocar o nosso voto por cargos. Seria assim de uma insanidade”, afirmou Edir Salles. Ela diz não temer retaliações contra o partido. "A proposta é, nesta segunda votação, votar não. Não existe consenso.”

O projeto foi aprovado em primeira votação na semana passada. A aprovação ocorreu após um longo dia de negociações, pois o governo Haddad estava com dificuldade para convencer os vereadores a votar a favor do projeto. Com informações do portal de notícias G1.

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