Família do cantor Michel Jackson perdeu o caso contra AEG Live.

O processo que Katherine Jackson, mãe do cantor Michael Jackson, moveu contra a empresa AEG Live, responsável pela série de shows que o cantor faria em 2009, quando morreu, chegou ao fim na última quarta-feira, dia 2. Os jurados chegaram a um veredicto depois de cinco meses de julgamento e a família Jackson perdeu o caso. A informação é do site EGO.

Os jurados decidiram que a AEG foi a responsável pela contratação do médico Conrad Murray, condenado pela morte do cantor, mas a produtora não pode ser responsabilizada pela overdose de Michael. O site "TMZ" transmitiu a leitura do veredicto ao vivo.

O júri, formado por seis homens e seis mulheres, teve que responder à duas perguntas: se a empresa era responsável pela contratação do médico e se o médico era inadequado ou incompetente para tratar o cantor na época de sua contratação. Eles decidiram que Conrad não era, o que derrubou o caso da família Jackson. Ao final, a juíza Yvette M. Palazuelos agradeceu ao júri por seu trabalho.

"Primeiro queremos agradecer à juíza e aos advogados de ambos os lados. Gostaríamos de agradecer à mídia por respeitar que não podíamos falar durante estes cinco meses. Foi um caso difícil, a morte de um pai e filho, mas a decisão foi tomada e algumas pessoas não vão concordar com o resultado. Mas tomamos cuidado em nossa análise", disse um dos jurados, Greg Barggen, em coletiva de imprensa após o julgamento. Ele também foi questionado sobre o resultado do trabalho do médico Conrad Murray: "No final ele foi anti-ético em seu trabalho, mas essa não era a pergunta que tínhamos que responder".

Os argumentos finais de defesa e acusação foram feitos no dia 24 de setembro. Marvin Putman, advogado da AEG, declarou ao júri que Jackson era responsável por suas escolhas: "Eles fez algumas escolhas ruins que terminaram em uma horrível tragédia. Não se pode culpar outra pessoa por suas escolhas. A AEG nunca iria concordar em financiar esta turnê se soubesse que o Sr. Jackson estava brincando de roleta russa em seu quarto todas as noites."

Katherine alegava que a empresa foi negligente ao contratar Conrad Murray para ser médico pessoal de seu filho para a sua última turnê em 2009. Katherine, que também representava os filhos do cantor, pediu uma indenização de US$40 bilhões (cerca de R$80 bilhões). Segundo a agência Reuters, a AEG Live afirma que não contratou ou supervisionou Conrad Murray e que Jackson tinha problemas com drogas prescritas antes de fechar o contrato com a empresa para a série de shows em Londres.


Michael Jackson morreu no dia 25 de junho de 2009 devido a uma overdose de remédios, entre eles o anestésico Propofol, que foi administrado por Murray. (Momento Verdadeiro/Com Agências).

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