Família Pesseghini - Para a polícia o estudante Marcelo Pesseghini, de 13 anos, é o único suspeito do crime que chocou o Brasil. O garoto teria matado o pai, a mãe, a avó e a tia-avó e se matou algumas horas depois de cometer os crimes. Os laudos não têm uma conclusão sobre a hora exata das mortes, mas indicam que algumas das vítimas agonizaram antes de morrer.
Os laudos da Polícia Técnica mostram que o sargento das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota) Luís Marcelo Pesseghini, aponta que ele foi morto com um tiro atrás da orelha esquerda. A arma não foi encostada na cabeça dele. Luís demorou um pouco para morrer, segundo o laudo. O exame toxicológico também deu negativo. A mãe do menino, a cabo da Polícia Militar Andréia Pesseghini, levou um tiro na nuca que veio de cima para baixo, porque ela estava ajoelhada. Ela morreu na hora, com um disparo à queima roupa. Ela tomava remédios para dores na coluna. A avó do menino, Benedita de Oliveira Bovo, levou um tiro à queima roupa na boca. Ela também agonizou antes de morrer. A tia-avó, Bernadete Oliveira da Silva, morreu com dois tiros. O primeiro atingiu o rosto, um pouco acima do maxilar. O disparo foi feito a uma distância entre 50 e 75 centímetros. O segundo acertou a região entre o nariz e a boca.
Ainda de acordo com os peritos, Marcelo Pesseghini atirou na própria cabeça. A bala entrou do lado esquerdo e saiu do lado direito, pouco acima da orelha. Ele era canhoto. A arma estava encostada na cabeça e ele morreu na hora. O menino não havia tomado nenhum remédio ou drogas.
Segundo o psiquiatra forense Guido Palomba, responsável por elaborar para a Polícia Civil o laudo a respeito do perfil psicológico do estudante de 13 anos, o menino sofria de um transtorno. “Vou relatar o nome do transtorno, como ele se manifesta, porque se manifestou e sua origem”, afirmou o psiquiatra, que pretende relatar o documento antes do dia 5 de outubro, prazo para a conclusão do inquérito policial.
Nesta sexta-feira, 13 de setembro, o psiquiatra forense disse em entrevista ao portal de notícias da Globo (G1), que Marcelo Pesseghini será citado no próximo livro sobre insanos mentais que cometeram crimes. O livro "Insania Furens" ("Insanidade Furiosa", numa tradução livre do latim para o português do título provisório) reunirá personagens reais de aproximadamente 20 casos.