Dólar recua após medidas anunciadas pelo BC.
ECONOMIA - Na última quinta-feira, 22, o Banco Central anunciou que faria leilões diários de dólares, para conter a cotação da moeda americana, que tinha passado dos R$ 2,45 na quarta-feira e recuado levemente na quinta. Na sexta, após interversão do BC, o dólar fechou em R$ 2,353, uma queda de 3,24%, a maior em um único dia em quase dois anos. A cotação do dólar caiu muito quando entrou em vigor a nova estratégia do Banco Central para frear a desvalorização do real, conforme informou o 'Jornal Nacional'.
Mas em 2013, a alta acumulada ainda é grande: mais de 19%. Segundo a reportagem, com a melhora da economia americana, existe a expectativa que os juros por lá podem subir. Isso pode fazer com que os investidores que buscaram maior rentabilidade em países como o Brasil, levem o dinheiro de volta para os Estados Unidos. Nas últimas duas semanas a procura por dólares fez a cotação disparar. O que Banco Central fez foi assegurar que haverá dólares disponíveis para quem quiser. Para isso, vai fornecer até o fim de 2013 o que o mercado já está chamando de ração diária. Agora, de segunda a quinta, até o último dia o ano, vão ser feitos leilões diários de US$ 500 milhões, por contratos chamados de swap cambial. Os swaps cambiais servem para quem quer se proteger da variação do dólar.
Nas sextas-feiras, o Banco Central fará leilões de um US$ 1 bilhão em linhas de crédito. O primeiro já acontece nesta sexta. Nesse modelo, os interessados compram dólares com o compromisso de revender para o BC em uma data combinada. No fim das contas, não há saída de dólares das reservas cambiais, que hoje estão em US$ 375 bilhões.
A reserva é a última linha de ação, é a última arma, vamos dizer assim, que o Banco Central tem para usar em uma situação de mais tensão e de mais preocupação no mercado de câmbio, Você só vai usar aquela ultima linha quando todos os outros recursos forem esgotados", explica o estrategista de mercado Paulo Gala.Para deixar o mercado ainda mais calmo, o Banco Central avisou que tem mais munição. "Atuações adicionais do Banco Central no mercado de câmbio, podem ocorrer sempre que o Banco Central julgar necessário", destaca o chefe do departamento econômico do Banco Central, Túlio Maciel. (Com informações do Jornal Nacional)
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